Produção agrícola soma R$ 56,39 bi

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Valor, que vai se estabilizando nesta safra mato-grossense, segue como o maior do país em relação às lavouras e é quase 3% maior que de 2015
O Valor Bruto da Produção (VBP) mato-grossense soma R$ 56,39 bilhões, ante R$ 54,82 bilhões em 2015

A produção agrícola de Mato Grosso vai encerrando a safra corrente, a 2015/16, com faturamento 2,86% maior do que o contabilizado no ciclo passado. Conforme dados divulgados ontem pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Valor Bruto da Produção (VBP) local soma R$ 56,39 bilhões, ante R$ 54,82 bilhões. A receita gerada dentro das propriedades, ou seja, que de fato valorizou a atividade em 2016, foi beneficiada em especial pela valorização da soja, cultura que mais ‘ganhou’ nessa temporada.

Com a projeção de renda atual, Mato Grosso segue pelo quinto ano consecutivo com a maior renda do país, superando novamente São Paulo, cuja perspectiva para fechar o ano é de R$ 50,71 bilhões, ante R$ 51,86 bilhões em 2015.

Das quatro principais culturas produzidas em Mato Grosso (algodão, cana-de-açúcar, milho e soja), apenas a fibra e a oleaginosa registram ganho em receita na comparação entre as safras 2014/15 e 2015/16. A soja, conforme a SPA/Mapa, fecha o ano com faturamento de R$ 32 bilhões contra R$ 30 bilhões em 2015. Na cotonicultura, a projeção de receita é de R$ 11,79 bilhões, ganho de um R$ 1 bilhão em relação ao ano passado, quando as lavouras mato-grossenses geraram receita de R$ 10,83 bilhões.

Na cana, a projeção de renda é de R$ 1,37 bilhão ante R$ 1,41 bilhão consolidados no ano passado. O milho, que foi a cultura que mais encolheu em relação à oferta nesse ciclo (-23,2%) e como reflexo do saldo ruim do campo, a receita que atingiu R$ 10,97 bilhões está estimada em R$ 9,76 bilhões nessa safra.

GLOBAL – O Mapa considera como VBP da produção agropecuária o saldo financeiro estimado no período, e dentro das propriedades, para a agricultura e pecuária. Nessa soma global, Mato Grosso deixa a liderança do ranking nacional, que passa a pertencer a São Paulo. Nesse novo levantamento, Mato Grosso deve contabilizar R$ 70,77 bilhões ante R$ 71,51 bilhões consolidados em 2015. Já São Paulo passa de R$ 73,88 bilhões para R$ 72,09 bilhões, que mesmo com retração, segue como o maior VBP do Brasil.

Enquanto a receita da agricultura mato-grossense cresceu, a da produção pecuária (bovinos, aves, suínos, leite e ovos) retraiu. Deve fechar o ano com saldo de R$ 15,11 bilhões, contra R$ 15,94 bilhões em 2015.

Com exceção da avicultura, todas as outras atividades puxam para baixo o saldo da pecuária. Conforme o Mapa, bovinos deve gerar R$ 10,76 bilhões contra R$ 11,44 bilhões em 2015. A criação de suínos cai de R$ 818,21 milhões para R$ 735,75 milhões. A avicultura cresce pouco, mas deve finalizar com ascensão, faturando R$ 2,29 bilhões contra R$ 2,28 bilhões.

A produção de leite e ovos tem previsão de faturar R$ 595,25 milhões e R$ 725,30 milhões, contra R$ 668,59 milhões e R$ 728,46 milhões, respectivamente.

BRASIL – O VBP nacional tende a estabilizar em torno de R$ 519,3 bilhões neste ano. O VPB projetado é 2,5% menor do que o de 2015. O valor das lavouras teve queda de 1,9%, e o da pecuária, 3,7%. “A redução de faturamento tem impacto decisivo no resultado de 2016”, assinala o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques.

Os produtos agrícolas com melhor desempenho foram banana, com aumento de 39,7%, trigo (26%), batata inglesa (25,4%), café (14,4%), maçã (12,3%), feijão (9,6%) e soja (2,7%). Na pecuária, a carne de frango foi o destaque, com elevação de 2,8% em relação a 2015.

Entre os produtos em 2016 com resultados do VBP abaixo do ano passado se destacam o tomate (-47,4%), fumo (-28,7%), amendoim (-16,4%), uva (-16,2%), arroz (-16,1%), cacau (-14,4%), algodão (-12,5%), laranja (-12,1%), mandioca (-10,7%), milho (-7,7%) e cebola (- 4%).

“As secas ocorridas neste ano afetaram diversos produtos, especialmente grãos, nas diferentes regiões do país, como Centro-Oeste e Nordeste”, diz Gasques. “Houve também efeitos sobre os cafezais no Espírito Santo”. Já a safra de milho teve queda superior a 20 milhões de toneladas por causa da falta de chuva, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=497443

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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