Escassez de milho para produção de ração elevou custos produtivos do setor
A analista do Departamento de Economia do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul), Eliamar Oliveira, avalia que a maior dificuldade enfrentada pelo pecuarista de leite, no momento, é o valor pago pela indústria, que ainda é insuficiente para cobrir os gastos produtivos, além de inviabilizar a margem de lucro.
“Ano passado houve um cenário atípico: apesar do aumento expressivo na cotação deste segmento, superando o cenário que naturalmente já ocorre no período de inverno em razão da queda na oferta. Entretanto, o produtor teve sua rentabilidade comprometida, devido à falta de milho para produção de ração que elevou os custos produtivos”, diz Eliamar.
A economista lembra que, no primeiro semestre deste ano, os preços de mercado permaneceram relativamente estáveis e atrativos, no entanto, dificilmente atingirá a máxima registrada em 2016. “No ano passado, a cotação paga ao produtor chegou ao máximo de R$ 1,27. Até o mês de maio houve uma valorização de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que demonstra um melhor planejamento do bovinocultor de leite”.
http://www.infomoney.com.br/mercados/agro/noticia/6778779/prego-pago-produtor-leite-nao-cobre-custos