A maior captação em outubro, decorrente da volta das chuvas e da melhoria das pastagens, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, além da demanda retraída por lácteos desde o início do ano, foram os principais motivos da desvalorização da matéria-prima.
“Pelo fato da necessidade de realizar promoções para garantir liquidez, houve redução nos valores negociados para todos os derivados”, disse o Cepea.
As fracas vendas do leite UHT em outubro também foram determinantes para a formação de preços aos produtor, diz o centro de estudos. “Vale lembrar que, de setembro para outubro, o preço médio do UHT recebido pela indústria no Estado de São Paulo recuou 4,6% (quase 12 centavos), chegando a R$ 2,49/litro”, segundo pesquisa diária do Cepea realizada com o apoio da OCB.
Para os próximos meses, o Cepea projeta que a perspectiva é de queda de preços ao produtor, mas com maior intensidade, em função da maior captação da matéria-prima e de novas quedas no preço do UHT – com maior pressão dos atacadistas.
“A queda acumulada neste mês (até o dia 28) chegou a 12,7%, o que pode resultar em diminuição de mais de 35 centavos na média mensal do UHT (que, por enquanto, está em R$ 2,12/litro). Essa desvalorização deve intensificar o recuo do preço do leite ao produtor de dezembro (referente à captação de novembro)”, concluiu o Cepea.