Possível "cartel" entre os Laticínios Italac e Tradição é denunciado na Assembléia Legislativa de Rondônia

Laticínios Italac e Tradição - Parlamentar afirma que as empresas Italac e Tradição recolhem a maior parte do leite produzido no Estado sem pagar um preço
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Parlamentar afirma que as empresas Italac e Tradição recolhem a maior parte do leite produzido no Estado sem pagar um preço justo
Possível «cartel» entre os Laticínios Italac e Tradição é denunciado na Assembléia Legislativa de Rondônia
O deputado Laerte Gomes (PSDB) expressou, em sessão na terça feira (19), uma preocupação com a monopolização da aquisição leite no âmbito do Estado. Segundo o parlamentar, existe fortes indícios de existência de um cartel entre duas grandes empresas brasileiras em Rondônia.
Laerte afirmou que ao andar pelo Estado tem percebido uma diminuição do setor leiteiro e que, além da falta de políticas públicas para incentivar a produção, haveria um cartel entre as empresas Italac e Tradição, que recolhem a maior parte do leite nas propriedades. “Isso dá um desanimo nos produtores. Essas empresas recolhem, industrializam e acabam fazendo os outros laticínios seguirem os preços que eles normatizam”, destacou.
O parlamentar ressaltou que esse é só um dos problemas para a bacia leiteira. Além da falta de opções para venda, os criadores têm de entregar o que foi produzido e só são informados o quanto irão ganhar cerca de 60 dias depois. “Com outras culturas eles podem discutir o preço e escolher para quem vender. O leite é um produto diferente, eles têm que vender e só depois de 60 dias descobrem quanto irão receber”, especificou.
O deputado fez um levantamento através da Consultoria Scott, uma das mais renomadas no País, onde pôde constatar que Rondônia é o Estado em que os produtores recebem o menor preço no Brasil. “A média do leite comum no País gira em torno de R$ 1,15 e R$ 1,25, segundo a consultoria. No Pará, que é um pouco mais distante dos polos de comércio como São Paulo, o preço recebido é R$ 1,05, enquanto em Rondônia é R$ 0,85”, citou.
Ele ressaltou que ambas as empresas possuem benefícios fiscais e que o dinheiro deveria ser repassado aos produtores, porém não é o que ocorre. “Esses lucros abusivos estão indo para os bolsos dos empresários. Os produtores rurais do Estado estão sendo penalizados”, destacou.
Laerte denunciou, também, o teor do Decreto 21.504, reeditado pelo Governo do Estado para proteger as indústrias de Rondônia que produzem leite longa vida UHT em caixinha e pasteurizado. O parlamentar citou que esse pleito foi apresentado ao Executivo pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), aumentando a carga tributária para o leite que vem de outros Estados.
“Com esse decreto, nas gôndolas dos supermercados houve um acréscimo de R$ 15% a 20% no preço do leite não produzido em Rondônia. O Governo entendia que essa diferença seria repassada aos produtores, mas pelo contrário, está indo para o bolso de empresários, enquanto o consumidor parece não ter direito a usufruir da concorrência”, afirmou o deputado Laerte.
Segundo o parlamentar, essa ação acabou por prejudicar os consumidores, que agora pagam mais pelos produtos vindos de fora, e os criadores de Rondônia ainda não estão recebendo o que lhes é devido. “Já estive com o secretário de Estado da Fazenda solicitando a revogação desse decreto com urgência, para que supermercados e atacadistas possam trazer produtos de fora mais baratos”, detalhou.
http://www.planetafolha.com.br/rondonia/id-650886/possivel_equot_cartelequot__entre_os_laticinios_italac_e_tradicao_e_denunciado_na_assembleia_legislativa_de_rondonia

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas