Os efeitos da guerra comercial na ‘capital do queijo’

Queijo - A cidade de Plymouth, no estado de Wisconsin, orgulha-se de ser “a capital mundial do queijo”. A cidade de 8.445 habitantes é responsável pela
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Tida como a ‘capital mundial do queijo’, a cidade de Plymouth, EUA, teme ser alvo das sobretaxas de retaliação aplicadas contra o governo Trump

Os efeitos da guerra comercial na ‘capital do queijo’
Plymouth é responsável pela fabricação de 15% de queijos nos EUA (Foto: Pixabay)
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A cidade de Plymouth, no estado de Wisconsin, orgulha-se de ser “a capital mundial do queijo”. A cidade de 8.445 habitantes é responsável pela fabricação de 15% de queijos nos Estados Unidos.
Agora, os moradores de Plymouth estão preocupados com a ameaça de serem vítimas da guerra comercial de Donald Trump. Em retaliação ao aumento das tarifas de importação de aço e alumínio, os maiores parceiros comerciais dos EUA, o Canadá, China, União Europeia (UE) e México, aumentaram as tarifas de importação de queijo dos EUA.
A União Europeia também impôs tarifas à empresa Harley-Davidson, fundada em Milwaukee, Wisconsin. Mas o setor de laticínios é mais importante para a economia do estado do que a receita da Harley com a fabricação de motocicletas. Em 2017, a Harley teve uma receita de US$ 5,6 bilhões, enquanto a indústria de laticínios contribui com US$ 43,4 bilhões anuais para a economia de Wisconsin, um estado com 8.500 fazendas produtoras de leite.
Segundo a Câmara de Comércio dos EUA, as tarifas do México atingirão a produção de laticínios no valor de US$ 578 milhões e as tarifas impostas pela China irão incidir na produção de queijo, soro de leite e outros produtos no valor de US$ 408 milhões.
A incerteza quanto às consequências da tensão crescente nas relações comerciais está prejudicando a indústria de laticínios, observou Jim Sartori, executivo-chefe da Sartori Cheese. Sartori escolhe com cuidado suas palavras, mas deixa claro que em sua opinião a imposição de tarifas não é uma forma de ganhar uma disputa comercial. “Não sou um especialista, porém não conheço um caso em que as tarifas tenham sido usadas como uma política comercial eficaz”, comentou.
Sartori é a terceira geração da família à frente da administração da empresa de produção de queijos. Nos últimos anos, as exportações foram responsáveis pelo crescimento da empresa, assim como o de muitos outros produtores de queijo dos EUA, e as tarifas ameaçam sua estabilidade.
Dick Groves, editor do jornal Cheese Reporter, disse que nunca viu um clima de incerteza tão grande na indústria de laticínios nos 40 anos em que acompanha o desenvolvimento do setor em Wisconsin.
A guerra comercial isolou os EUA das negociações sobre os novos rumos da indústria de laticínios no mundo. Autoridades europeias estão fazendo acordos com a China, o México e outros países para proteger os nomes de queijos, acordos que obrigaram Sartori a mudar o nome de um de seus produtos no México, o que causou confusão entre os consumidores e prejudicou as vendas.
O México, o maior consumidor de produtos derivados do leite dos EUA, impôs tarifas de 15% na importação de queijo no início de junho, em resposta às tarifas de aço e alumínio. Na primeira semana de julho as tarifas aumentaram para 25%. O Canadá, que cobra uma taxa de 270% na importação de produtos derivados do leite também impôs mais restrições.
Sartori tem 520 funcionários e recolhe leite de 700 fazendas. Por ser uma empresa familiar, ele acredita que pode manter a sua rotina de trabalho. Mas o impacto real da disputa comercial ainda é uma incógnita para a indústria de laticínios em Wisconsin.
http://opiniaoenoticia.com.br/economia/os-efeitos-da-guerra-comercial-na-capital-do-queijo/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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