Nestlé investirá R$ 270 milhões em fábrica de ração no Brasil

A Nestlé planeja investir R$ 270 milhões (US$ 86 milhões) em uma fábrica de alimento para animais de estimação no Brasil, apostando que brasileiros de alta renda que amam seus pets ajudarão a ampliar as vendas na maior economia da América Latina.
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SÃO PAULO – A Nestlé planeja investir R$ 270 milhões (US$ 86 milhões) em uma fábrica de alimento para animais de estimação no Brasil, apostando que brasileiros de alta renda que amam seus pets ajudarão a ampliar as vendas na maior economia da América Latina. A fábrica em Ribeirão Preto (SP) produzirá ração Purina para cachorros e gatos, afirmou Laurent Freixe, chefe do negócio da Nestlé na América.
A fabricante de alimentos com sede em Vevey, Suíça, vê enorme potencial de crescimento no mercado, afirmou o diretor.
— Todo o crescimento no setor de animais de estimação está nos produtos de alta qualidade — afirmou Freixe em entrevista em São Paulo. — Hoje a maior parte de criação de valor deriva dos produtos premium.
No mundo todo, o ramo pet foi uma das maiores fontes de crescimento da Nestlé, avançando 5,5% nos primeiros nove meses de 2016, com exceção de aquisições, desinvestimentos e variações cambiais. O negócio representa cerca de 13% do faturamento mundial total.
A fábrica da Purina produzirá 30 mil toneladas de alimento para animais por ano. Cerca de 75% da produção permancerá no Brasil, e o restante será exportado a países da região como Argentina, Perú, Chile e Colômbia, afirmou Fernando Mercé, diretor da Purina para a América Latina.
Os brasileiros têm mais de 132 milhões de animais de estimação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diante de uma população superior a 200 milhões de habitantes. O mercado brasileiro de pets cresceu 5,7%, a R$ 19 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Ainda que o crescimento tenha desacelerado nos últimos seis anos, o setor resistiu bem considerando a contração econômica de 3,5% em 2016, segundo prognósticos de economistas.
A ração de animais representou 68% das vendas monitoradas pela Abinpet. Somente 15% das vendas de comida para bichinhos de estimação no Brasil atualmente são alimentos mais caro, em comparação com 70% em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Japão, disse Mercé.
— Temos uma meta muito ambiciosa em termos do lugar onde queremos chegar — indicou Mercré.
A produção anual da nova fábrica atenderá cerca de 50% das necessidades do mercado brasileiro, disse.
O Brasil é a máxima prioridade da Nestlé na América Latina, seguido do México, apontou Freixe. Ele espera que o Brasil retome o crescimento “gradualmente”. O Fundo Monetário Internacional (FM) reduziu no mês passado a perspectiva de crescimento para o país este ano a quase estagnação, citando uma atividade mais fraca do que a prevista para o Brasil.

http://extra.globo.com/noticias/economia/nestle-investira-270-milhoes-em-fabrica-de-racao-no-brasil-20865012.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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