MP denuncia 41 pessoas no RS por envolvimento em fraude no leite   

O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou 41 pessoas por envolvimento na fraude do leite e derivados, após investigação que desencadeou a . Foram detectados, segundo o MP
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou 41 pessoas por envolvimento na fraude do leite e derivados, após investigação que desencadeou a . Foram detectados, segundo o MP, 19 fatos que confirmam adição de água e solutos para neutralizar a acidez no leite cru, leite UHT Integral, creme de leite e leite para a fabricação de queijo. Na operação, que foi realizada em 14 de março, cinco pessoas foram presas preventivamente. Durante cumprimento de mandados foram presos quatro suspeitos, e depois o quinto se apresentou à polícia. A denúncia tem por base, além do depoimento de mais de 40 pessoas, testes laboratoriais, provas coletadas a partir de estratégias de investigação e documentos encontrados durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas cidades de Nova Araçá, Casca, Travesseiro, Marau e Estrela. Sobre as empresas e os presos Um dia depois da operação, o dono da Laticínios Modena, de Nova Araçá, e sócio da Laticínios C&P, da cidade de Casca, que fabrica o queijo Princesul, . Na indústria, que usa o nome fantasia Bonilé, o problema estava na produção de creme de leite. O produto, impróprio para consumo, recebia adição de água e voltava a ser comercializado. Dois funcionários da empresa foram presos durante a operação. De acordo com as investigações, produtos lácteos impróprios para o consumo (nocivos ou com redução de valor nutricional) eram comercializados pelas empresas investigadas em um esquema de crime organizado. A defesa das duas empresas disse que não tem conhecimento do motivo de ser investigada. Em Travesseiro, as ações foram feitas na empresa de laticínios Rancho Belo, onde foram apreendidos documentos e amostras dos produtos. Segundo o MP, leite in natura e creme de leite industrializado, já impróprios para consumo, eram levados para o local. Lá, eram adicionados produtos para controlar a acidez e eliminar os micro-organismos. O material era embalado e revendido para supermercados. O dono da empresa em Travesseiro foi preso, assim como um transportador, já na cidade de Estrela. Além disso, a indústria teve as atividades suspensas pela Fepam em virtude de irregularidades na licença de operação e inadequação de descarte de resíduos, entre outros. Os produtos da empresa iam para a rede de supermercados Dia%. A Indústria de Laticínios Rancho Belo não quis se manifestar. O mandado de busca e apreensão cumprido na M&M Assessoria, contratada pela Laticínios Modena, ocorreu porque, de acordo com relatório do Mapa, em grande parte dos postos de resfriamento e laticínios onde a empresa atuou, foram constatadas adulterações no leite cru in natura e em derivados. A M&M Assessoria informou que não tem contrato com as empresas investigadas, e que colaborou com o Ministério Público nas investigações. Já a assessoria de imprensa do supermercado Dia% informou que retirou de suas unidades os lotes do produto fabricado pela Latícínios Rancho Belo, além de ter bloqueado a saída do centro de distribuição. Como funcionava a fraude Na prática, os três laticínios recebem e repassam entre si leite cru, creme de leite e soro de creme fora dos padrões previstos pela legislação brasileira, segundo o MP. Muitas das cargas chegam a ser refugadas por outras empresas e acabam sendo comercializadas para estas indústrias. Alguns elementos da investigação apontam que carregamentos de leite que só poderiam ter como destino a alimentação de animais, foram usados para a industrialização de produtos de consumo humano. Em mais de dez Certificados Técnicos de Análise emitidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizados em leite cru, leite UHT e nata, foram detectados índices fora dos padrões. Conforme as investigações, os sócios-proprietários das empresas ordenavam a adição desses produtos para corrigir a acidez e eliminar micro-organismos, com objetivo de «rejuvenescer» o produto já vencido, impróprio para o consumo. No caso da água, ela era adicionada para que o creme de leite duro, já amanteigado, fosse novamente amolecido e misturado a outras cargas em condições melhores. Os laudos realizados pelas próprias empresas eram mascarados, para que tanto a fiscalização quanto os compradores não visualizassem os problemas, diz o MP.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2017/03/mp-denuncia-41-pessoas-no-rs-por-envolvimento-em-fraude-no-leite.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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