Mobilização no campo fortalece cooperativa de laticínios no Norte Fluminense

Maioria dos cooperados é beneficiária do Programa Rio Rural e participa das ações de planejamento local Há 74 anos surgia a Cooperativa de Lacticínios de Conceição de Macabu (CLCM)
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Maioria dos cooperados é beneficiária do Programa Rio Rural e participa das ações de planejamento local Há 74 anos surgia a Cooperativa de Lacticínios de Conceição de Macabu (CLCM), que fica na cidade de mesmo nome, no Norte Fluminense. A mais antiga cooperativa em operação no estado vive uma era de renovação. Noventa por centro dos cooperados são beneficiários de subprojetos do Rio Rural e, mais do que prover apoio financeiro aos produtores de leite, o programa da secretaria estadual de Agricultura estimula a mobilização social dos cooperados. Um dos resultados práticos dessa mudança é a recente ampliação do parque industrial da cooperativa. – Antigamente, os produtores eram individualistas, se preocupavam apenas em fornecer leite, conversavam muito pouco entre si. Com as reuniões do Comitê Gestor de Microbacia (Cogem) promovidas pelo Rio Rural, eles começaram a entender o poder do coletivismo, já que se trata de um fórum de representação deles – comenta o supervisor do escritório local da Emater-Rio, Flaviano Souza. De acordo com Souza, a CLCM passou por períodos difíceis, com ameaça de fechamento devido à queda na produtividade e à falta de uma estrutura democrática entre os cooperados. O quadro começou a mudar em 2010, quando a cooperativa assinou um convênio de cooperação técnica com a Emater-Rio. A extensão rural foi fortalecida, com atendimento de demandas que eram essenciais ao incremento da produção leiteira, ao mesmo tempo em que o empoderamento social foi sendo trabalhado pelos técnicos executores do Rio Rural. Maurício Salles, da microbacia Rio do Meio e Córrego Fundo, um dos 235 cooperados da CLCM, lembra bem dessa fase de transição. Ele fornece diariamente 300 litros de leite para a cooperativa. Assim como outros membros, recebeu subprojetos do Rio Rural, a exemplo da formação de pastagem e recuperação de mata ciliar. – Evidentemente, o recurso tem seu valor para nós, ainda mais sendo não reembolsável. Isso nos ajuda a melhorar a estrutura da propriedade, sem falar na conscientização ambiental. Com a nossa união, a cooperativa deu um salto na questão administrativa e agora estamos colhendo os resultados – afirma Salles. Modernização do parque industrial Segundo o diretor-secretário da Cooperativa de Laticínios de Conceição de Macabu, Moacir Bogado, nos últimos dois meses foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão no parque industrial, com recursos oriundos da isenção de ICMS. O valor foi aplicado na compra de equipamentos e na construção da unidade de produção climatizada, que tem 96 metros quadrados. Atualmente, o beneficiamento de toda a linha de produtos, como requeijão, doce de leite, manteiga, iogurte e queijo é feito na própria cooperativa. Antes, parte do material era enviada para outras indústrias de laticínios, que executavam este processo. – A industrialização agrega mais valor em função da qualidade do produto. A inauguração do novo parque industrial é um sintoma de crescimento da cooperativa – lembra Luiz Carlos Guimarães, assessor Técnico regional do Rio Rural para os Municípios de Conceição de Macabu, Macaé e Rio das Ostras. Ainda de acordo com Bogado, diretor da cooperativa, com o pleno funcionamento da nova unidade industrial, a expectativa é de aumento no processamento diário de leite dos atuais 18 mil litros para 35 mil litros até o fim do primeiro semestre. – A Emater é fundamental nesta fase de crescimento, pois com a extensão rural, o impacto na produção é direto, em quantidade e qualidade. As reuniões do Rio Rural ajudaram na maturidade da capacidade cooperativista dos envolvidos. Nossa meta é melhorar o preço do produto e com isso estimular o aumento da produção – arremata. O clima de otimismo toma conta da microbacia Rio do Meio e Córrego Fundo. O produtor Celso Ribeiro, que recebeu do Rio Rural recursos para a implantação do subprojeto de pastejo rotacionado, é membro da cooperativa há 20 anos. Há pouco tempo comprou mais seis vacas leiteiras. O plano dele é aumentar em 35% a produção diária. – Até poderia vender leite para outros locais por um preço um pouco maior, mas a cooperativa nos dá garantia de pagamento, o que traz tranquilidade – encerra o produtor. Autor/Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária – SEAPEC – RJ

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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