MICOTOXINAS: O QUE SÃO E COMO COMPROMETEM O DESEMPENHO DO GADO CONFINADO

Nesta terça, 02, o Giro do Boi levou ao ar entrevista gravada com a zootecnista Letícia Custódio, mestre em ciência animal e pastagens e conservação de forragens pela Esalq-USP e doutoranda em zootecnia pela FCAV-Unesp e pela Apta.
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Nesta terça, 02, o Giro do Boi levou ao ar entrevista gravada com a zootecnista Letícia Custódio, mestre em ciência animal e pastagens e conservação de forragens pela Esalq-USP e doutoranda em zootecnia pela FCAV-Unesp e pela Apta.

Sua tese foi dedicada ao estudo de um dos inimigos ocultos do pecuarista, principalmente o confinador. São as micotoxinas, ou toxinas produzidas por fungos e que estão presentes em 100% das amostras de ração de confinamento do Brasil, conforme atestou na coleta de amostras do estudo. O verdadeiro problema está na concentração da substância, que pode levar desde à perda de desempenho (200 g/ dia, conforme os estudos da pesquisadora) até à morte nos casos mais graves, embora seja raro nos bovinos.
As micotoxinas, segundo a zootecnista, estão presentes em praticamente 100% das rações de confinamentos em todo o Brasil, variando seu grau de contaminação. Em sua apresentação, Letícia Custódio mostrou resultado de sua pesquisa que identificou que animais que receberam rações com contaminação baixa ganharam por dia 1,770 kg, enquanto animais que consumiram rações com contaminações mais altas ganharam 1,510 kg, mais de 200 g de diferença.
“Esse impacto vai ser muito dependente da contaminação. […] Se for uma contaminação alta, o impacto é agressivo, porque pode ocasionar até morte dos animais. Se for uma contaminação mais baixa, ocasiona a perda de desempenho, então uma perda de 200 gramas por dia em confinamento no ganho médio diário”, quantificou a pesquisadora.
Além disto, as micotoxinas também contaminam o leite, sendo potencialmente danosas também para a reprodução animal, causando em certos casos vulvovaginite, prolapso vulvar, morte do embrião, ovário cístico e estros irregulares, o que aumenta o alerta para produtores que fazem o sequestro de vacas com intenção de prepará-las para a estação de monta com consumo de ração potencialmente contaminada.
Durante o Beefday, evento realizado em Colina-SP, na sede da Apta em agosto, a doutoranda detalhou aos pecuaristas presentes a origem, a dimensão do problema e também uma solução. Trata-se de um adsorvente para estas micotoxinas.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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