Mercado do milho só deve se restabelecer a médio prazo

Milho - Depois da disparada de preços no ano passado, os produtores de milho têm em 2017 um ano desafiador. A expectativa de safra recorde e a sobrecarga nos estoques do grão em diversas regiões
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Para presidente da Abramilho, cenário baixista deve continuar pressionando cotações no mercado interno por algum tempo
Depois da disparada de preços no ano passado, os produtores de milho têm em 2017 um ano desafiador. A expectativa de safra recorde e a sobrecarga nos estoques do grão em diversas regiões no país têm derrubado o preço do milho desde o início do ano.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq USP), a saca de 60 kg do grão ficou cotada em R$ 26,97 no dia 17 de agosto em Campinas, SP, quase 40% menos do que os R$ 44,59 de igual período do ano passado.
Para Sérgio Bortolozzo, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o cenário não deve ser revertido a curto prazo e as exportações têm surgido como a única esperança dos produtores. “Não temos saída. O mercado está saturado e as vendas externas são nossa única salvação no momento”, destacou.
No entando, Bertolozzo afirma que algumas ações dos setores público e privado tendem a evitar essa oscilação no preço nas próximas safras. “Os leilões da Conab têm ajudado muito os produtores do Centro-Oeste no escoamento de sua produção, principalmente os de Pepro, em função do gargalo da logística e da infraestrutura do país”.
Outra iniciativa destacada pelo executivo é o incentivo à produção de etanol de milho, especialmente com a inauguração da fábrica da FS Bionergia, em Lucas do Rio Verde, MT, na última semana. “Sem dúvida isso nos ajudará a agregar valor ao grão com biocombustíveis e produção de subprodutos, como DDG, para alimentação de animais. É um passo muito importante, que dará maior estabilidade ao mercado”.
Segundo projeções da Conab, é esperado que o país produza 97,2 milhões de toneladas de milho na safra 2016/2017, 46,1% acima da safra 2015/2016. A expectativa de safra recorde tem causado um colapso nos armazéns de todo o país, principalmente no Centro-Oeste. Em Mato Grosso, maior produtor nacional do grão, alguns agricultores têm empilhado o grão a céu aberto por não ter mais onde armazená-lo.
Fonte: Portal DBO

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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