A posição mais ativa de vendedores e o menor interesse comprador continuam pressionando as cotações do milho no mercado brasileiro, de acordo com informações do Cepea. Entre 19 e 26 de outubro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa caiu 1,9%, fechando a R$ 34,55/saca de 60 kg na sexta-feira, 26. Na parcial de outubro (até o dia 26), o recuo é de 12,31%.
Já segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$36,50, sem o frete. Houve queda de 9,6% em outubro, em relação à média de setembro deste ano. Além da queda do dólar, que afeta as exportações, a boa oferta interna, com a colheita da segunda safra concluída no país, são os fatores de baixa.
Quanto às exportações, seguem inferiores às do ano passado. Nos primeiros 14 dias úteis de outubro, foram embarcadas 2,27 milhão de toneladas de milho, com média diária de 174,4 mil toneladas, segundo a Secex. Caso este ritmo permaneça até o fim do mês, podem ser exportadas mais de 3,87 milhões de toneladas, volume 23% menor que o de outubro de 2017.
Nos próximos meses o câmbio terá papel importante nas precificações das commodities como o milho e a soja. “Dessa forma, considerando um cenário de patamar mais baixo para o dólar (frente aos meses anteriores), a expectativa é de mercado mais frouxo para o cereal e oportunidades de compras para o pecuarista em curto prazo”, informa a Scot Consultoria.

Plantio

O plantio da safra 2018/2019 de milho verão atingiu 52% da área prevista para o Centro-Sul do Brasil, avanço de quatro pontos porcentuais em uma semana, disse a consultoria AgRural, em levantamento semanal. O plantio está adiantado frente aos 46% de um ano atrás e aos 50% da média de cinco anos.
A AgRural elevou a previsão de área a ser plantada com milho verão na safra 2018/2019. Para o Centro-Sul do Brasil, a área estimada passou dos 2,892 milhões de hectares da projeção anterior, divulgada em 21 de setembro, para 2,928 milhões de hectares. O aumento em relação à safra passada é de 74 mil hectares (+2,6%). A consultoria não estima área para o Norte e Nordeste e utiliza os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para as duas regiões. A área prevista pela AgRural para o Brasil é de 5,120 milhões de hectares, ante 5,122 milhões na estimativa anterior e 5,084 milhões de hectares na safra passada.
A consultoria prevê produção de verão do Centro-Sul, com base em linha de tendência, de 22 milhões de hectares, ante 20,3 milhões em 2017/2018. Para o Brasil, a AgRural prevê produção de 28 milhões de toneladas, acima dos 26,8 milhões da safra passada.