O recuo se explica, em grande parte, pela queda na demanda importadora da China, com destaque para o leite em pó integral que apresentou redução de 34% nas importações em relação a 2014.
Paralelamente ao declínio da demanda chinesa de produtos lácteos, a produção nos principais mercados exportadores continuou a crescer entre 2014 e 2015: Austrália (+4%); União Europeia (+2%); Estados Unidos (+1%); e Nova Zelândia (+5%). O embargo imposto pela Rússia continua a prejudicar o comércio de produtos lácteos. As importações russas de queijo caíram 62% entre 2013 e 2015, penalizando a União Europeia, Estados Unidos e Austrália. Já a Bielorrússia aumentou fortemente as exportações de queijo, para atender a demanda da Rússia. Este embargo deverá ser mantido até o início de 2017; prevendo-se forte aumento das importações procedentes da União Europeia e Estados Unidos, quando o comércio for normalizado, mas nunca chegarão aos níveis de antes do embargo. A produção na Oceania é confrontada com a redução do rebanho, 2,7% em 2015, em decorrência dos baixos preços dos produtos lácteos. As condições desfavoráveis do fenômeno El Niño na Oceania, particularmente intenso, limitaram a produção pelo sistema de pastagens em 2016; devendo apresentar um recuo de 6,8% na produção da Nova Zelândia e nenhum aumento na Austrália. Junto com quedas acentuadas nas margens, liberação das cotas lácteas na Europa em abril de 2015, estimulando o crescimento de produção de leite total na União Europeia. Esta alta foi desigual entre os países. A entrega de leite entre o ano de comercialização de 2014 e o de 2015 (abril-março) cresceu 18,5% na Irlanda; 3,7% na Alemanha; 2,9% no Reino Unido; e 11,9% na Holanda. O elevado crescimento da produção de leite e o fraco crescimento do consumo interno farão com que as exportações européias dos principais produtos lácteos entre os anos de referência (2013-15) e 2025, cresça 58,5%.
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