Mapa de lácteos mundial de 2016

O comércio de produtos lácteos sofreu uma série de golpes massivos nos últimos três anos. O embargo comercial russo, a desaceleração do crescimento da demanda da China, o impacto dos baixos preços do petróleo
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O comércio de produtos lácteos sofreu uma série de golpes massivos nos últimos três anos. O embargo comercial russo, a desaceleração do crescimento da demanda da China, o impacto dos baixos preços do petróleo sobre a demanda dos países exportadores de petróleo e o fortalecimento do dólar dos EUA têm impactado sobre a demanda por importações.

A expansão da produção após a remoção das quotas de produção na Europa somou-se às dificuldades, e, resultou em um período de preços extremamente baixos do mundo.

Olhando à frente, nenhuma dessas questões foi resolvida. A proibição russa estará em vigor pelo menos até 2017. A demanda da China continuará a crescer, mas a um ritmo mais lento, os preços do petróleo estão previstos para permanecer em cerca de US$50 por barril e o dólar está previsto para manter seu alto valor em relação às outras moedas. Como resultado, o comércio de lácteos provavelmente irá crescer a um ritmo mais lento do que nos últimos anos, impulsionado mais pelo crescimento populacional do que pelo aumento do consumo por pessoa.

Fatores de influência

Felizmente, isso acontece em um momento em que seria mais difícil expandir, rapidamente, a oferta para exportação. A disponibilidade de terra limitada na Nova Zelândia limitada, estabilização da produção na Europa após a remoção de quotas leiteiras, e as ambições de exportação dos Estados Unidos limitadas pelo crescimento da demanda doméstica e dólar forte. O comércio de lácteos, provavelmente continuará dominado por rotas regionais, ao invés de globais, com acordos de livre comércio influenciando significativamente os volumes. A exceção será a Ásia, que continuará a ser um campo de batalha altamente competitivo para os exportadores de todo o mundo. Tudo isso deve se sobrepor às potenciais renegociações ou cancelamento de acordos comerciais depois dos resultados das eleições norte-americanas.

Luta à frente

Muita coisa mudou desde que o último mapa do comércio de lácteos foi elaborado há três anos. Em 2015, o crescimento do comércio foi um escasso 0,3% a mais do que 2014. Nos próximos três anos, o crescimento no comércio de lácteos irá diminuir ligeiramente devido à força do dólar norte-americano, aos preços baixos do petróleo, ao embargo comercial russo e à desaceleração do crescimento chinês. A China encontrará uma «nova norma», que provavelmente significará menor crescimento no volume, porém mais foco no valor. Isto significa que, embora a volatilidade dos preços talvez continue, os aumentos de preços médios a longo prazo podem ser limitados. No entanto, em um momento de diminuição da demanda global, há também questões que pesam sobre o crescimento dos excedentes de exportação. O forte dólar e o crescimento saudável da demanda doméstica significará que os EUA estarão menos dispostos a competir nos mercados lácteos globais. Embora os preços moderados em dólares americanos repercutam sobre a produção – o que poderia estimular a produção leiteira em outras regiões exportadoras em razão de fatores monetários – o crescimento da produção neozelandesa se debaterá com a disponibilidade de terras que é um fator limitante, e a Europa não está preparada para um expansão estratégica “suplementar”, que exigiria mais terras, infraestrutura e investimento de processamento.

Tempos de incerteza

Talvez ainda mais do que nos últimos anos, vivemos em tempos incertos. Nova administração nos Estados Unidos, e as relações com a Rússia; incertezas no Oriente Médio; o desempenho econômico chinês; Brexit; o destino do TPP e TTIP que podem ter efeitos importantes sobre o  desenvolvimento do comércio de lácteos.

http://terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=9033:mapa-de-lacteos-mundial-de-2016

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas