Julho foi mês de alta no milho

Em julho, os preços do milho voltaram a reagir em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. O Indicador ESALQ/BMF&Bovespa, referente à região de Campinas (SP)
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Em julho, os preços do milho voltaram a reagir em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. O Indicador ESALQ/BMF&Bovespa, referente à região de Campinas (SP), que manteve um comportamento relativamente estável no início do mês, teve significativa alta a partir da segunda quinzena, acumulando recuperação de 16,8% ao fechar, no dia 29, a R$ 48,21 a saca de 60 kg. A média mensal ficou em R$ 44,42/sc, 9,6% menor que a de junho. Na média das praças consultadas pelo Cepea, as valorizações também foram muito expressivas, com o mercado de lotes (negociação entre empresas) apresentando alta de 12,3% e o de balcão (preço recebido pelo produtor), de 7,7%. As médias mensais, porém, caíram 8,5% e 9,3%, respectivamente. O movimento de alta foi sustentado pela retração de produtores em pleno período de colheita do milho segunda safra. A quebra de 18% na produção estimada pela Conab e as expectativas de melhores preços no futuro foram os principais fatores que embasaram a retração de produtores/vendedores. Segundo a companhia, a produção total da safra 2015/2016 foi estimada em julho em 69,14 milhões de toneladas, cerca de 7 milhões de toneladas menor que o estimado no mês anterior. As altas, por sua vez, foram limitadas pelo posicionamento mais cauteloso de compradores, que realizaram aquisições do cereal de maneira pontual, com agentes evitando ao máximo reajustar positivamente as ofertas de preços. Muitos têm buscado alternativas, como a importação. Dados da Secex indicam que em julho as importações brasileiras atingiram 250 mil toneladas, e foram exportadas 1,046 mil toneladas, volume 18% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. No campo, o tempo seco ao longo do mês favoreceu o ritmo acelerado da colheita, que entrou na fase final. No Paraná, o Seab/Deral estima que 65% da área total do estado já havia sido colhida até o dia 25. Em Mato Grosso, o Imea estima que a colheita tenha atingido 84,90% da área total do estado até o dia 29. As comercializações também finalizaram o mês em estágio avançado, com 43% da produção do estado paranaense e 68,93% do estado mato-grossense já comprometidas.  Nesse cenário de menor disponibilidade de milho, os contratos do cereal na BM&FBovespa voltaram a reagir também. No acumulado do mês, os contratos de Set/16 e Nov/16 foram os que apresentaram as altas mais significativas, de 18,9% e 11,5% respectivamente, sendo cotados, no dia 29, a R$ 47,32/sc e R$ 48,60/sc. Já na Bolsa de Chicago (CME Group), as condições climáticas favoráveis continuam mantendo o mercado do cereal baixista. As expectativas para essa safra são boas, e mesmo fatores de alta, como o aumento da demanda (interna e externa), não conseguiram sustentar as reações das cotações. No acumulado do mês, os contratos com vencimento em Set/16 e Dez/16 caíram 6,8% e 6,2%, respectivamente, ao fecharem o pregão na sexta-feira, 29, a US$ 3,3450/bushel (US$ 131,68/t) e US$ 3,4275/bushel (US$ 134,93/t). Na Argentina, a colheita avançou em menor ritmo. De acordo com a Bolsa de Cereales, até o dia 28, a colheita de milho havia alcançado 58,6% do total da área estimada, aumento mensal de 17,6 p.p.. O rendimento médio estimado teve leve redução, passando para 8,44 toneladas/hectare, e a estimativa da produção se mantém em 28 milhões de toneladas. Fonte: Cepea
http://www.abramilho.org.br/noticias.php?cod=4150

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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