#Juiz condena 26 pessoas por adulteração de leite

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O juiz í‰lcio Arruda, da Justiça Federal em Passos (MG), condenou 26 pessoas, entre ex-funcionários e ex-dirigentes da Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro) e um inspetor do Ministério da Fazenda, por envolvimento em um esquema de adulteração de leite, em caso revelado por uma operação da Polí­cia Federal. Foram denunciadas 29 pessoas, que respondiam pelos crimes de formação de quadrilha, adulteração de produto alimentí­cio destinado ao consumo, crime contra as relações de consumo, corrupção ativa e corrupção passiva. Entre os réus estão o presidente da cooperativa quando a operação foi realizada, Dácio Francisco Delfraro, e seu vice, Adriano Maia Soares, além do antecessor de Dácio, José Calixto Mattar.

Dácio Delfraro foi condenado a 15 anos e cinco meses de reclusão e dois anos e tríªs meses de detenção, por ter cometido infração com “motivos injustificáveis”, baseados na cobiça e no lucro fácil, diz sentença. Pela mesma razão, Adriano recebeu 16 anos, cinco meses e 20 dias de reclusão, além de dois anos e seis meses de detenção. Já José Calixto Mattar foi condenado a 17 anos, seis meses e um dia de reclusão.

Na sentença, o juiz aponta que a prática era internamente chamada de “recuperação do leite”. Ele afirma que teve iní­cio na gestão de José Calixto (presidente de 2003 a 2006) e, posteriormente, a ordem para que o leite fosse falsificado partia de Dácio Delfraro, “movido pela necessidade de cooptar eleitores, produtores de leite e de obter lucro”. A coordenação do esquema cabia a Evandro Freire Lemos, diretor industrial da cooperativa, enquanto o executor das ordens era Divino dos Reis Barbosa, encarregado da parte industrial.

O juiz aponta que “os denunciados, em comunhão de esforços e vontade, de maneira continuada entre 2004 e 2007 promoveram adulteração em substí¢ncia destinada ao consumo humano”. Segundo a decisão, para que a fiscalização não impedisse a venda do leite, a Casmil pagava tríªs funcionários do Sistema de Inspeção Federal, incluindo o chefe dos fiscais, Luiz Antí´nio da Silveira, conseguindo que o lí­quido fosse encaminhado para as empresas.

A operação da PF revelou que a Casmil inflava artificialmente o volume do leite para aumentar a produção. Isso era feito com a adição de soda cáustica, peróxido de hidrogíªnio (água oxigenada), base creme e sitrato de sódio, uma vez que a combinação dificultava a descoberta da irregularidade. A adição de água oxigenada a alimentos é proibida porque pode ser danosa í  saúde e há risco de morte em caso de ingestão de grandes quantidades. O produto era enviado para empresas de todo o Brasil, com o lí­quido sendo utilizado na produção de leite longa vida.
http://www.conjur.com.br/2013-jul-11/juiz-condena-membros-cooperativa-fiscal-adulteracao-leite

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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