Indústrias de leite recusam pagar aos produtores mais 1 cêntimo por cada litro nos Açores

Indústrias de leite O presidente da Associação de Jovens agricultores micaelenses lamentou, no final de uma reunião com intervenientes do sector, que as indústrias de leite recusem pagar mais um cêntimo por cada litro pago à produção.
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O presidente da Associação de Jovens agricultores micaelenses lamentou, no final de uma reunião com intervenientes do sector, que as indústrias de leite recusem pagar mais um cêntimo por cada litro pago à produção.
«Não ficámos satisfeitos obviamente, o resultado foi negativo, não houve aumento e não podemos estar satisfeitos quando o resultado é esse, mas vamos continuar atentos à situação e vamos continuar a nossa reivindicação (do aumento) do preço do leite», disse César Pacheco à saída de uma reunião que se realizou hoje na sede da associação, na freguesia dos Arrifes, em Ponta Delgada.
O representante dos jovens agricultores da ilha de São Miguel sublinhou que «a produção está a passar um momento muito difícil» e defende um aumento de «um cêntimo com retroativos em Abril» para bem dos produtores.
«Nós vemos o preço do leite na Europa, a média a aumentar, estamos a falar de quatro cêntimos acima do preço médio que se paga em São Miguel. Os produtos, como leite em pó, queijos e manteigas também mostraram tendências positivas nas evoluções dos preços e achamos que havia as condições necessárias para atualização do preço do leite», lembrou.
O representante nos Açores da Associação Nacional de Industriais de Laticínios (ANIL), Eduardo Vasconcelos, justifica a recusa do aumento do preço do leite pago ao produtor lembrando que existem realidades diferentes entre o que se passa na ilha de são Miguel, nos Açores, em relação ao que se passa no resto da Europa.
«O preço do leite tem aumentado na Europa devido à falta de leite e à redução forte da produção na Europa, aqui em São Miguel a produção praticamente não decresceu, aumentou quase 5% em 2015, o crescimento foi 0,69% em 2016 e em 2017 já está com um amento em Janeiro de 4%, ou seja, as razões que levou a que o preço aumentasse na Europa não se está a verificar em São Miguel», disse Eduardo Vasconcelos.
Para o representante da ANIL nos Açores, a questão está em valorizar «um produto abundante» que «inviabiliza poder valorizar o leite ao produtor» e, enquanto não se encontrar essa valorização, «será difícil às indústrias conseguir fazer esse aumento do preço».
O secretário regional da agricultura reconheceu à saída da reunião que a solução passa «por apostar em novos mercados» e «na exportação» porque o «mercado nacional tem muitas dificuldades em absorver mais produtos» dos Açores, garantindo que o executivo açoriano já está «a dar passos» nesse sentido.
«Vamos entregar até dia 20 uma candidatura que tem a ver com a promoção em mercados não nacionais, nomeadamente na China, Macau e também na América do Norte, que são mercados que eu acho que têm condições no futuro de absorver as produções porque os nossos produtos de qualidade, são produtos de excelência», lembrou João Ponte.
O presidente da Associação Agrícola de são Miguel lamentou à saída da reunião a postura «passiva» do Governo Regional dos Açores perante a «falência técnica de 70% da produção leiteira».
«Em relação ao Governo Regional, não pode continuamente estar a assobiar para o lado também nesta situação, portanto nós precisamos que a industria aumente o preço do leite e precisamos que o Governo Regional tenha uma ação muito mais direta em todos esses processos», alertou Jorge Rita.
http://www.acorianooriental.pt/noticia/industrias-de-leite-recusam-pagar-aos-produtores-mais-1-centimo-por-cada-litro-nos-acores

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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