Impostos prometem encarecer leite longa vida em 2016

Alimento sai da lista de isenção do ICMS para a cesta básica e substituição tributária vai onerar produto trazido de fora do estado
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

Alimento sai da lista de isenção do ICMS para a cesta básica e substituição tributária vai onerar produto trazido de fora do estado

Duas mudanças nas regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) prometem encarecer o leite longa vida (UHT) em 2016. A partir de 1º de janeiro o alimento deixa de fazer parte do rol de itens da cesta básica isentos da cobrança do imposto. Além disso, o produto foi incluído no regime da substituição tributária, em um movimento que favorece os laticínios estaduais mas promete encarecer o leite trazido de outros estados. As alterações foram oficializadas por meio do decreto 3.049, publicado no último dia 17 de dezembro no Diário Oficial.

A principal alteração decorre da substituição tributária, já que a cobrança do ICMS passa a ficar concentrada na indústria, e não mais ao longo da cadeia. O modelo, já vigente no leite em outros estados, tem a finalidade de “manter a competitividade das empresas deste Estado frente a benefícios semelhantes concedidos por outras unidades federadas a seus contribuintes”, conforme aponta o sumário do decreto, divulgado no site oficial da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa).

A mudança é considerada positiva pelos laticínios paranaenses, que afirmam ser prejudicados no modelo atual. “Estamos lutando há mais de quatro anos por essa mudança, que será boa para a indústria estadual”, resume o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek. Ele explica que o leite produzido no Paraná e direcionado a outros estados e paga uma taxa total de 18% de ICMS. Na contramão, o leite que provém de outros estados é tributado em 12%, o que gera desigualdade de condições. Com as mudanças, o produto importado terá um acréscimo de 6% ao cruzar a fronteira paranaense, atingindo os mesmos 18% de incidência do ICMS.
Divergências

Representantes da cadeia produtiva de outros estados criticam as novas regras. “O ideal é haver isonomia fiscal. A mudança é prejudicial para nós, levando em conta que somos um estado exportador de leite”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra. Os gaúchos direcionam mais de 60% da produção local para outras regiões do país e têm o Paraná como um cliente cativo.

Para Guerra, o ônus sobre a indústria deverá respingar no consumidor. “A indústria e o produtor trabalham com margens no limite, então parte desse custo terá que ser bancado pelo consumidor. ” Como as alterações na legislação ainda são recentes o setor não conseguiu estimar qual será o valor da alta no varejo.

O argumento gaúcho é rebatido pelos paranaenses. Para Zydek, da Frimesa, não há prejuízo ao consumidor com as mudanças. “Na prática isso não muda nada para o consumidor, pois essa diferença de valores acabava ficando no varejo”, argumenta.

A reportagem tentou contato com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa) para detalhar o impacto das mudanças, mas não obteve retorno.
tudo igual

O leite produzido no Paraná paga taxa total de 18% de ICMS , enquanto o produto de outros estados é taxado em 12% quando chega ao mercado paranaense. Com as mudanças na legislação, o leite de fora terá aumento de 6 pontos percentuais na alíquota, equiparando ao tributo pago pela indústria local.

http://www.sepaf.ms.gov.br/impostos-prometem-encarecer-leite-longa-vida-em-2016/

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas