Governador eleito, Ronaldo Caiado mira pequeno produtor

Estudos tem sido planejados já durante a fase de transição do governo para a viabilidade de uma fonte de incentivos financeiros, técnicos, tecnológicos e de gestão
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Raphael Bezerra
Plano de governo de Ronaldo Caiado tem sintonia com entidades de classe representativas dos pequenos e grandes produtores. As medidas propostas pelo governador eleito vai de encontro, inclusive, com as perspectivas dos trabalhadores da agricultura familiar e também da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás. Ele defende incentivos à produção rural, como investimento em tecnologia e ações de defesa agrícola.
“Agropecuária e proteção ambiental têm de ser desenvolvidos simultaneamente, e o estado deve apoiar, incorporar e fomentar as muitas iniciativas já em andamento por parte da agricultura empresarial de Goiás”, diz o  governador que virá a tomar posse no dia primeiro de janeiro. Ele também defende amplamente os pequenos agricultores e os programas de agricultura familiar. Para ele, faltam o emprego de novas tecnologias para esses produtores e mais subsídios.
“Além dessa perspectiva, é essencial, não obstante, fortalecer as cadeias produtivas do agronegócio investindo em tecnologias, fomentando a pesquisa, a sustentabilidade, os processos de defesa agrícola. Para tanto,  há iniciativas que não podem ficar em planejamentos inexequíveis. Precisamos investir na expansão de incentivos à piscicultura, no fortalecimento dos sistemas de produção de aves e suínos, na recuperação de áreas agricultáveis para as culturas de grãos, oleaginosas e cana-de-açúcar e, sobretudo, realizar ações e investimentos decisivos nos programas de sanidade animal”, diz Caiado.
Para dar mais visibilidade e força aos pequenos produtores e a agricultura familiar, Ronaldo Caiado pretende buscar a criação de fundos para esses perfis. “É determinante investir na assistência e extensão rural, além da necessária capacitação gerencial básica para a gestão dos negócios”, revela.
Secretaria da Agricultura 
Identificado por Ronaldo Caiado como fundamental para o desenvolvimento de Goiás, o setor rural terá papel importante para tirar o estado da crise e torná-lo referência nacional. Por este protagonismo, o senador pretende recriar a Secretaria de Agricultura e colocar à frente um nome escolhido por sua competência, credibilidade e ousadia nas ações.
“Seria incompatível com minha fala não dar voz nas decisões do estado a um setor que é o sustentáculo da nossa economia. Vocês sabem da minha luta. Por isso sei que temos de ter ali um nome em condições de representar a classe e dar a Goiás a credibilidade e a dimensão que ele merece”, afirmou Caiado.
Ronaldo Caiado recebá demandas da agricultura familiar 

Presidente da entidade representativa dos Agricultores familiares, Alair Luiz Dos Santos, fala sobre as demandas e reinvindicações da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar do Estado de Goiás (FETAEG). “Nada mais concreto do que discutir a agricultura familiar do que o respeito à lei que propomos e que foi aprovada na Assembleia Legislativa e que foi vetada o principal artigo pelo ex-governador Marconi [Perillo]. Precisamos retomar aquela discussão da lei da agricultura familiar, esse é uma das coisas que precisamos discutir com esse governo”, diz Alair.
As demandas relatadas pela entidades passa por algumas dificuldade enfrentadas por todos os camponeses e produtores, sejam eles grandes ou pequenos. Segundo Alair, a principal demanda hoje é quanto as estradas e meios para a distribuição do produto que atinge em cheio os menores produtores e a produção familiar.
Para Alair, um fator fundamental seria a municipalização das ações e maiores parcerias entre os municípios e o governo estadual. “Muitas vezes, o governo joga a responsabilidade para as prefeituras, mas estas não tem condições de arcar com os custos do modal. Para isso, é preciso mais entrosamento entre os dois”, diz o presidente do sindicato.
Entre as propostas de Caiado para a agricultura familiar estão a criação de uma política de comercialização e centrais de distribuição dos produtos da economia solidária, fortalecer a agricultura familiar com disponibilização da assistência técnica, incentivando o associativismo e facilitando o acesso ao crédito, bem como reestruturar e consolidar o sistema de extensão rural.
“Goiás tem uma vigorosa agricultura familiar produzindo especialmente grãos (arroz, feijão e milho), frutas (banana, abacaxi), legumes e verduras, mandioca, leite, peixes, produtos apícolas e frango tipo ‘caipira’. Longe de competir com a grande produção empresarial, a agricultura familiar é uma atividade que deve completar a estrutura da produção rural goiana, aproveitando as oportunidades abertas pela elevação da renda exportadora e pela urbanização dela decorrente”, diz Caiado.
Ronaldo Caiado disse que é preciso fortalecer o papel da assistência rural, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), órgão estadual responsável por esta área. Caiado argumentou que o Estado precisa atuar no sentido de promover uma melhor organização de pequenos produtores. Alair também destacou a importância da pasta e discute algumas mudanças, entre elas, profissionais mais capacitados para a atuação em campo para maior auxílio dos produtores.
Na agricultura, Goiás figura entre os maiores produtores em nível nacional de soja, sorgo, milho, feijão, cana-de-açúcar e algodão. O ótimo desempenho do setor agropecuário vem ocorrendo graças ao processo de modernização agrícola, principalmente a partir dos anos 1980.Em 2018 Goiás deve produzir 22.863.359 toneladas de grãos, 51% desta produção é destinado a soja. Em seguida milho (43%) e o sorgo (5%).
Agropecuária
Na pecuária, o estado é destaque em rebanho bovino e está entre os maiores produtores nacionais de suínos, equinos, aves, leite e ovos, e se mostra bastante competitivo no abate de bovinos suínos e aves. Ainda, as atividades agropecuárias e minerais são destaques na produção de commodities para exportação,sendo que, historicamente, em média, 75% das exportações goianas são compostas por produtos ligados a soja,carnes e minérios.
Situação das estradas
As estradas para o escoamento da produção local é um grande impasse e consenso entre os produtores locais, grandes produtores e Caiado. O plano do próximo governo é atuar no aperfeiçoamento das rodovias estaduais e federais e maiores parcerias entre governo e municípios.
As alternativas entre os modais de transporte deve ser também uma das prioridades do governo de Caiado, isto porque, segundo ele, as alternativas podem diminuir os impactos da dependência do modal rodoviário causa na atualidade, como visto na greve dos caminhoneiros em maio de 2018, que gerou desabastecimento em todo Brasil. Os modais aéreo, ferroviário e hidroviário, no entanto, ainda são pouco utilizados e o estado carece de uma gestão propositiva e com regulação eficiente.
“O impacto da qualidade das rodovias no escoamento da produção (principalmente agrícola) do estado gera o que chamamos nesta análise de “Custo Goiás”. Esse custo reflete as dificuldades logísticas geradas por problemas de infraestrutura das rodovias do estado. Estima-se que o custo operacional de transporte no estado aumente 23,6%, enquanto o frete possa chegar a até 20% do valor norma”
Em se tratando de transporte ferroviário, a situação também não é boa. Segundo a CNT, o volume de cargas transportadas pela Ferrovia Centro-Atlântica, entre 2007 e 2016, cresceu 34% de forma constante. Mas os investimentos da concessionária tiveram quedas abruptas desde 2012, e hoje há menos 313 milhões de reais de investimento anual em infraestrutura. Goiás sofre pela falta de governança junto aos concessionários e o “custo Goiás” aumenta. Todos perdem: produtor, governo, cidadão.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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