Fonterra prevê problemas para produtores de leite antes da recuperação da demanda

A turbulência no mercado lácteo que tem direcionado os preços para seu menor valor em 12 anos ainda continuará e haverá mais problemas pela frente para os produtores, de acordo com o maior exportador do mundo.
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A demanda está fraca em meio ao turbulento mercado de capitais e de lento crescimento da China, disse o diretor executivo da Fonterra Cooperative Group Ltd., Theo Spierings. O consumo em países dependentes de petróleo também pode ser prejudicado após os preços do petróleo bruto terem caído para menos de US$ 30 o barril nesse mês, o menor desde 2003.

A maior oferta de leite e a demanda fraca pressionaram os preços para seu menor valor em 12 anos em agosto, estabilizando após a Fonterra ter reduzido a quantidade de venda em seus leilões. Com a processadora canadense Saputo prevendo que os preços continuarão fracos, a Fonterra disse que os produtores de maior custo continuarão sofrendo. A Nova Zelândia é responsável por mais da metade das exportações mundiais de leite em pó integral. “Na Nova Zelândia, ‘podemos respirar relativamente de forma fácil apesar de haver sofrimento. Os produtores em países com maiores custos deverão sofrer’”, disse Spierings.

Embora a rota dos mercados acionários da China tenha prejudicado a confiança dos consumidores, Spierings está apostando nas previsões do país no longo prazo, à medida que mais bebês terão nascido e a classe média em expansão impulsionará a demanda. O crescimento no volume na China pode acelerar cerca de 5% com relação à atual taxa de zero a 1%, estimou ele, sem fornecer um período para essa previsão.

Os políticos chineses estão buscando orientar a segunda maior economia do mundo em direção ao crescimento liderado pelo consumo, com as velhas indústrias de aço e cimento em declínio. A expansão econômica de 6,9% da China no ano passado foi a menor desde 1990 e o Índice Composto de Xangai caiu em cerca de 15% nesse ano, em meio às preocupações com o cenário econômico. “Estou muito mais focado na recuperação da demanda”, disse Spierings. “Seja na China, seja no Irã após remover as sanções. Se virmos um aumento nas regiões importadoras, então, os preços poderão aumentar realmente rápido”.

A Fonterra está mantendo sua previsão de pagamento de NZ$ 4,60 (US$ 2,93) por quilo de sólidos do leite – equivalente a NZ$ 0,38 (US$ 0,24) por quilo de leite -, de acordo com Spierings. Se os preços no índice do GlobalDairyTrade estenderem as perdas, a companhia poderá reduzir o volume que oferece nos leilões. “O GDT é somente um canal de vendas. Ao invés de mudar essa previsão, seria melhor tomar ações, como gestão, como somos pagos para fazer, mudar os volumes para outro canal e criar uma tensão de oferta-demanda no GDT”.

O dólar neozelandês também determinará a estimativa de pagamento, disse ele. O dólar neozelandês caiu em cerca de 5,6% nesse ano contra o dólar dos Estados Unidos à medida que a moeda se fortaleceu em meio às crescentes taxas de juros. O preço médio para o leite em pó integral foi de US$ 2.188 a tonelada em 19 de janeiro. A previsão de pagamento da Fonterra assume um preço de US$ 3.000 a tonelada, disse a companhia.

Fonte: Bloomberg.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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