A prefeita Lucinda da Rosa visitou a fazenda que adotou o novo sistema.
Recentemente, o produtor Mário João Krechinski, que reside na comunidade de Rio Verde, investiu cerca de R$ 200 mil para a construção de um barracão com 900 m² de área livre utilizado no confinamento do gado leiteiro. «Já contamos com um espaço de 240 metros quadrados que será utilizado como sala de alimentação dos animais», disse.
«Essa ampliação vai permitir um aumento da quantidade de animais e, consequentemente, da nossa renda, que é gerada através da produção de leite. Antes de executarmos o projeto, conversamos com alguns produtores que já fizeram melhorias semelhantes em suas propriedades, para que pudéssemos ter uma noção dos reais resultados que o investimento traria e, felizmente, todos apoiaram e incentivaram a ideia, dizendo que melhorar a estrutura é a melhor forma de alavancar a produção. Ainda faltam algumas melhorias no espaço novo, mas, em breve, tudo estará perfeitamente pronto», completou o produtor.
Menor espaço x limpeza
Como os animais permanecem em um espaço limitado, os cuidados com a limpeza e manutenção são ainda maiores. «O espaço precisa contar com baias confortáveis, cochos, bebedouros e, no chão, colocamos maravalha, que é limpa duas vezes ao dia com um trator, o que facilita o processo de eliminação dos dejetos. A mesma é reposta nas baias a cada mês, tornando o local mais agradável de trabalhar. Os animais saem daqui somente para a sala de alimentação e para a ordenha, ou seja, o confinamento é total, sem deixar o espaço determinado para a produção.»
O rebanho do produtor conta hoje com animais bem tratados e, em sua maioria, de raça pura, o que garante uma produção ainda maior e com mais qualidade. «Temos um bom número de animais produzindo e pretendemos aumentar o rebanho caso seja necessário. Todo o gado é registrado e temos um controle leiteiro mensal, que é acompanhado por um técnico agrícola, além de enviarmos periodicamente uma amostra do leite produzido na propriedade para a Associação Paranaense de Criadouros de Gado Holandês, para sabermos qual a sanidade e como está a qualidade de cada animal», infornou Mário.
Hoje, o agricultor conta com 30 bovinos de leite que produzem, em média, 34 litros de leite por dia no confinamento. A produção de novilhas na propriedade também tem sido reconhecida no município pela qualidade genética dos animais. «Estamos investindo muito nessa atividade porque sabemos dos bons resultados que ela tem. Além disso, meu filho Geovane tem me auxiliado e dará contuidade à produção na nossa propriedade, melhorando a qualidade do leite e aumentando a renda familiar.»
Fatores econômicos e técnicos, bem como a preferência por determinados sistemas, influenciam o produtor na escolha do tipo de instalação para seu gado em confinamento. As instalações podem ser simples e baratas, proporcionando aos animais condições de conforto e espaço, proteção e ambiente limpo, bem como boas condições sanitárias, para evitar doenças e permitir a produção higiênica de leite.
As instalações para o confinamento do gado leiteiro, onde a prática é corrente, podem ser classificadas genericamente em dois tipos de sistemas de estabulação completa: convencional e estabulação livre.
Comparativos
No sistema convencional, os animais permanecem lado a lado, contidos ou não em baias individuais a maior parte do tempo, sendo recomendado para rebanhos de até 60 vacas em lactação. É o sistema mais usado no Brasil para a criação em regime de semiestabulação, com possibilidade de adaptação para o confinamento total.
Já o sistema de estabulação livre, além de servir à ordenha, permite a execução de outras atividades, como alimentação das vacas em lactação, alojamento de reprodutores e bezerros, acondicionamento do leite, depósito de ração, local para picagem de forragem, farmácia e escritório. Sua localização e organização devem favorecer o rendimento de todo o trabalho com o gado, além de ser orientado na posição norte-sul, a fim de permitir insolação interna mais intensa.
Em regiões nas quais a terra é muito valorizada, o custo das pastagens torna-se muito alto e reduz ou até mesmo inviabiliza uma grande produção pelo sistema de pasto. Entretanto, se for utilizado o confinamento, é possível, em uma área bem menor, criar a mesma quantidade de animais, obtendo-se boa produção com alta produtividade.
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