A Fazenda Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa terá uma nova fábrica de rações. O investimento será de R$ 700 mil, e o empreendimento, depois de pronto, terá a capacidade de produzir uma tonelada de ração por hora. A primeira fase da construção (estrutural) já foi iniciada. Os equipamentos todos já foram adquiridos e estão guardados na Fazenda Escola, aguardando a conclusão desta segunda fase de obras, com a conclusão do barracão (construção das paredes e do piso). A perspectiva é de que em meados deste ano a nova unidade, que terá uma área construída de 300 m², já esteja operando.
O objetivo é a produção de ração para suprir a demanda da Fazenda Escola, que possui grande rebanho de animais, como de bovinocultura, suinocultura, ovinocultura e piscicultura. A Fazenda Escola, que atende cursos de Ciências Agrárias (Agronomia, Zootecnia, Engenharia de Alimentos e outros relacionados à agricultura e pecuária), já possui uma fábrica de ração, mas está obsoleta, segundo Adriana de Souza Martins, professora doutora, integrante do departamento de Zootecnia e coordenadora do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite (CMETL). “Os Centros de Leite todos incluíram uma fábrica de ração, cada um pedido em função da demanda. Na nossa fábrica teremos silos para armazenamento de matéria prima, como farelo de soja e milho. E outro silo para a ração pronta, para gado de leite, suínos, aves. Temos uma peletizadora para fazer ração peletizada além a granel; e temos um enfardador”, diz.
Os recursos são originados parte da Finep (R$ 220 mil para os equipamentos como moega, moinho, balança, dosadora e misturador) e outra de contrapartida da UEPG, para as obras estruturais e construção civil (R$ 476 mil). Para a operação serão contratados dois funcionários, além de outros que terão de fazer o transporte, por exemplo. Alunos poderão acompanhar todo o processo de fabricação.
Ela explica que esse projeto é importante para a região, consagrada bacia leiteira nacional. “É bem importante para atender demanda de todo o segmento da cadeia leiteira. O centro de leite não fica só na parte de acadêmicos, mas vai além, atendendo a demanda de produtores, instituições privadas, repartições publicas e cooperativas, visando a melhorar o segmento leiteiro”, destaca Adriana.
Curso de qualidade no leite
O CMETL realizará, a partir de abril, o curso “qualidade do leite na pequena propriedade”. Voltado para pequenos produtores, terá 136 horas, realizados em sábados alternados. “Ao entregar o leite para a cooperativa, o produtor vai ter bonificação ou desconto pela qualidade. Muitas vezes o pequeno produtor não atinge essa qualidade e foge de entregar para a cooperativa. O curso orientará a produção de leite com qualidade maior” diz Adriana. Mais informações podem ser obtidas pelo Departamento de Zootecnia, pelo fone (42) 3220-3082.
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