Falta de incentivos e indústrias travam crescimento da criação de búfalos em Mato Grosso

De fácil manejo, a criação de búfalos em Mato Grosso aos poucos apresenta crescimento, apesar da falta de incentivos para a produção e de indústrias adequadas para o abate, o que permitiria ao consumidor final uma maior opção de carne, leite e seus derivados com preços mais acessíveis.
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Em 2015, o rebanho de bubalinos no Estado apresentou um leve incremento de 2,15% em comparação a 2014.

Levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) revela que Mato Grosso em 2015 possuía um rebanho de bubalinos de 16.282 cabeças, volume superior as 15.939 cabeças constatadas no ano anterior. Entre bovinos e bubalinos o Estado possui um rebanho de 29,259 milhões de cabeças. No Brasil, das 215,002 milhões de cabeças existentes 1,183 milhão são bubalinos.

 

O búfalo, segundo o criador Aldo Rezende Teles, de Brasnorte, “é melhor que o bovino em tudo”, visto possuir um couro superior e possuir um leite com 6% de gordura, enquanto o do gado leiteiro apenas 4%. “Outro ponto é que não há necessidade de vaqueiro. Ele é um animal que se cria praticamente sozinho. O único problema do búfalo, hoje, é que ele não tem uma quantidade grande para manter a venda”.

Teles cria búfalos há mais de 30 anos. Antes de vir para Mato Grosso, possuía uma propriedade em Goiás onde criava cerca de 200 búfalos. Em Brasnorte, revela, começou com apenas três cabeças e hoje seu rebanho conta com 50. “O búfalo só vai para o curral quando necessário, mais precisamente para as vacinas. O custo de produção é praticamente o mesmo do gado de corte. A diferença é que não precisa ficar o tempo todo de olho nele. Esse ano meus búfalos estavam entrando na lavoura e nós os levamos para um piquete de aproximadamente um hectare, que tinha uma lagoa, passamos a dar ração para eles e não tivemos problema algum. Se você fizer um bom manejo com o animal, ele é tão manso quanto qualquer outro animal”.

Retorno ao produtor e incentivos

O retorno ao produtor é o mesmo do verificado no gado de corte, explica Teles. Contudo, o produtor salienta que os frigoríficos não estão preparados para receber tais animais. “É um animal mais pesado, seu couro é diferente e não pode misturar com o do gado de cote, bem como seus miúdos. Para ter um crescimento maior da criação teria que haver interesse de um frigorífico, nem que fosse pequena a planta, específico para abater o búfalo”.

Outro ponto que auxiliaria do rebanho de búfalos, na avaliação do criador, seria a existência de incentivos por parte do Governo Federal. “O búfalo é um animal com uma carne mais saudável, pois tem menos gordura. Se houvesse incentivo, também, por parte do governo teríamos no mercado mais uma opção de produtos de qualidade”.
http://www.olhardireto.com.br/agro/noticias/exibir.asp?noticia=falta-de-incentivos-e-industrias-travam-crescimento-da-criacao-de-bufalos&id=23711

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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