Evento traz importadores árabes de alimentos ao Brasil

Rodada de negócios que começou nesta terça-feira, em São Paulo, conta com sete empresas de grande porte do Oriente Médio e Norte da África, sendo que quatro estão no País pela primeira vez.
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Rodada de negócios que começou nesta terça-feira, em São Paulo, conta com sete empresas de grande porte do Oriente Médio e Norte da África, sendo que quatro estão no País pela primeira vez.

Começaram nesta terça-feira (01), na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, rodadas de negócios entre exportadores brasileiros e importadores árabes de alimentos. O evento faz parte de um Projeto Comprador organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com a Câmara Árabe, que trouxe ao Brasil sete empresas do Oriente Médio e Norte da África, sendo que quatro participam pela primeira vez de uma iniciativa do gênero no País.

“Estamos aqui no Brasil porque queremos importar produtos como carne bovina, frango, óleos, leite e biscoitos”, contou Mohamed Harb, gerente-executivo do Elmahmal Group, do Egito. Seu grupo atua em diferentes ramos no país norte-africano, como varejo, importação e exportação de alimentos. Segundo o executivo, a empresa fez uma compra de carne do Brasil no passado e quer retomar os negócios com fornecedores nacionais. “Queremos começar a trabalhar de novo com o Brasil, mas com mais força”, afirmou. De acordo com Harb, a intenção do grupo é importar alimentos brasileiros e distribuir em países do Oriente Médio e Norte da África.

O Groupex, empresa de distribuição do Marrocos, informou que importa Guaraná Antarctica do Brasil e, com as rodadas, pretende conhecer novos produtos que possam ser atraentes ao mercado marroquino. “Estamos interessados em estudar outros produtos. É muito bom que tenham nos convidado [para o evento]. Do que vimos até agora, há produtos muito bons que podem ser interessantes para nós, como cereais e cremes”, destacou Seddiq Elamri. Segundo ele, produtos que remetam à cultura do Brasil também podem interessar ao seu grupo.

O AM Group, do Egito, trabalha com varejo, importação e exportação de alimentos. Ashraf Marzouk, vice-presidente do grupo, contou que importa bastante carne em conserva brasileira, mas que busca novos alimentos para comprar do País. “Importamos 50 contêineres [de carne em conserva] por ano do Brasil. Nesta rodada estamos focados em carne congelada, carne de frango e café”, destacou o executivo. O grupo possui atualmente três supermercados no Egito e pretende construir outras cinco lojas.

A Union of Consumer Cooperative Societies reúne 60 grandes lojas no Kuwait, de diferentes segmentos, sendo a maior parte de alimentos. “Estamos interessados em frangos, carnes, queijos, leites, cereais, café e açúcar”, apontou Saad Al-Shabo, vice-presidente da união de cooperativas. Segundo ele, a união já importou produtos do Brasil por meio de distribuidores. “Agora, vamos importar diretamente do Brasil”, destacou.

Novos mercados

A empresa de laticínios Piracanjuba, de Goiás, fez algumas exportações a países árabes, como Mauritânia e Omã, de 2006 a 2008. Agora, a empresa quer retomar as vendas para a região. “É um mercado que nos interessa muito. Creio que vamos ter bons resultados. Conversei com três empresas e achei bem interessante. Temos potencial e creio que o mercado árabe está bem promissor. Eles (os importadores) já estão pedindo lista de preços e isso é um bom começo”, avaliou Silvana Oliveira, coordenadora de Comércio Exterior.

Atualmente, a empresa embarca seus produtos para países como Chile, Paraguai, Angola e Estados Unidos. Segundo ela, os produtos que mais interessaram aos compradores árabes foram principalmente o leite em pó, seguido de queijos, manteiga e leite condensado.

Marcio Bertin, diretor da empresa paulista Daros BR, dona da marca Reduto do Café, conta que atualmente seu produto só é vendido no mercado interno, mas que vê potencial para seu café em países como Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Egito, Marrocos e Argélia.

Até o momento da entrevista, o executivo havia se reunido apenas com o importador kuwaitiano, mas esperava bons resultados do encontro. “Conversei com o [importador do] Kuwait e falta muito pouco para fecharmos negócios. Foi muito bom”, avaliou.

O GT Foods, grupo do Paraná que reúne os frigoríficos de aves Canção, Bellaves e Mister Frango, também participou das rodadas. Rafael Abdulmassih, trader do grupo, contou que a empresa faz embarques para mais de 70 países.

“Dentro da Liga Árabe, ela exporta para todos os países do Golfo. Temos uma posição muito sólida na Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Omã e Bahrein. Ano que vem, vamos abrir um escritório em Dubai para poder fortalecer o relacionamento com esses clientes lá no Golfo”, revelou o executivo.

Segundo ele, a Arábia Saudita é o segundo maior importador da empresa, atrás apenas do Japão. A capacidade de abatimento das aves do GT Foods é de nove milhões de aves por mês.

“Viemos explorar o mercado do Norte da África, falar com o pessoal do Egito, que é um país para qual não exportamos atualmente”, disse. “Hoje, fazemos [a produção de] frango griller, que é um produto que tem viabilidade de exportação para o Egito”, ressaltou Abdulmassih. O griller é um tipo de frango de tamanho pequeno, geralmente exportado sem cortes aos países árabes.

As rodadas de negócio continuam nesta quarta-feira (04). Além das empresas mencionadas, também participam do evento os importadores Atraco e Panda, da Arábia Saudita, e o Lulu Group, dos Emirados Árabes Unidos.

Fonte: www.anba.com.br

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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