A Cooperativa Selita realizou a entrega de aproximadamente R$300 mil de capital social mil a 22 cooperados com mais de 80 anos. Um momento histórico da cooperativa, que após alteração de seu estatuto, proposto pela atual administração e aprovado pelos associados em Assembléia geral, está devolvendo em vida o dinheiro do investimento a seus cooperados pela primeira vez em 77 anos de existência. Antes da mudança, o valor era entregue aos herdeiros do cooperado após seu falecimento ou saída do quadro social.
A entrega dos cheques ocorreu no dia 15 de agosto, na sede da cooperativa com a presença dos cooperados, familiares, colaboradores da Selita e de seu presidente Rubens Moreira.
“É um dos dias mais felizes da minha vida poder realizar um ideal. Capital em uma cooperativa tem que valorizado, pois é isso que a sustenta. Agora o capital é do sócio. Era injusto que somente os herdeiros recebessem ou quando ele parasse de mandar leite. Portanto, nós estamos hoje dando um grande avanço em direção de valorizar o capital. Nós já tivemos uma conquista, quando colocamos juros no capital e espero que meus sucessores continuem assim: valorizando o cooperado. Agradeço a todos a confiança que tem na Selita e espero daqui a cinco anos ver todos aqui de novo”, disse o presidente fazendo referência ao período no qual os cooperados poderão novamente sacar o capital.
O cooperado Ernesto Pereira de Athayde, de 87 ano e cooperado da Selita há 34, é da localidade de São José, em Atílio Vivácqua e estava feliz da vida ao receber seu cheque. “Pra mim foi uma surpresa muito boa, gostei muito. Agora vou reinvestir na propriedade”, contou. Já Eudes Sebastião Guiotto, de 82 anos, cooperado há 24 da Selita e morador de Muqui, agradeceu a cooperativa pelo capital recebido de volta. “Foi muito bom receber em vida esse dinheiro. Agora só falta chover pra ficar ainda melhor”.
Edino Rainha, Coordenador de Assistência ao Cooperado, também demonstrou contentamento ao poder participar deste dia histórico para a cooperativa. “Muitos destes cooperados deram início a Selita. E naquela época com grande dificuldade de tocar as suas produções, tiveram força e coragem de investir na cooperativa e colaborar na construção do que ela é hoje. Nada mais justo do que eles sacarem este capital e poderem gozar desta quantia ainda em vida, com seus familiares”, concluiu.
A próxima restituição do capital social a um novo grupo de cooperados será em setembro, de acordo com as novas normas do Estatuto Social.
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