Apesar da forte subida dos preços internacionais dos lácteos (que reduz a competitividade do produto importado), as importações de derivados lácteos seguiram em ritmo forte no mês de janeiro deste ano. Como mostra o gráfico, o volume importado (apresentado em equivalente litros de leite) foi 138% maior em relação ao mês de janeiro de 2016, totalizando quase 153 milhões de litros de leite equivalente importados no mês (cerca de 88 milhões de litros a mais do que em janeiro do ano passado). Para que se tenha uma ideia da dimensão deste volume, se a produção de leite brasileira não crescer no comparativo entre janeiro de 2017 e o mesmo mês do ano passado, este volume de importação já representará um crescimento de cerca de 4,3% na oferta de sólidos lácteos em nosso mercado.
Gráfico. Importações brasileiras de lácteos – 2017×2016
Fonte: MDIC, sistema ALICE
Com preços internacionais mais elevados, problemas de produção na Argentina (chuvas excessivas e inundações vêm prejudicando a produção naquele país neste início de ano) e curva sazonal de queda de produção no Uruguai, imagina-se que estes grandes volumes venham de negociações realizadas há alguns meses.
No entanto, é importante atentar para a taxa de câmbio (quantidade de Reais necessários para comprar 1 dólar) e sua evolução recente. Nos cenários iniciais para as projeções de mercado em 2017, utilizava-se taxa de câmbio de R$ 3,50/US$; no entanto, as cotações da moeda americana caíram bastante no passado recente, tendo fechado na data em que escrevemos este artigo (17/02/2017) a R$ 3,09/US$. Um câmbio mais baixo tende a aumentar o interesse pelo leite importado.
Outro fator que «potencializa» esta competitividade dos importados é a própria subida de preços no mercado brasileiro. Mantendo-se estáveis os patamares de preços internacionais e de taxa de câmbio, quanto maiores os preços internos no mercado brasileiro, mais interessantes as importações.
Assim, apesar da proteção da TEC (Tarifa Externa Comum) para importações de fora do Mercosul e de tarifas anti-dumping adicionais à TEC para os produtos vindos de algumas origens específicas, nosso mercado não está imune às influências do mercado internacional e, ao mesmo tempo, das oscilações da taxa de câmbio. É conveniente acompanhar este tema bem de perto para preparar-se para eventuais oscilações de mercado causadas pelo produto vindo de outros países.
http://www.ccprleite.com.br/br/p/418/e-as-importacoes-permaneceram-altas-em-janeiro.aspx
Gráfico. Importações brasileiras de lácteos – 2017×2016
Fonte: MDIC, sistema ALICE
Com preços internacionais mais elevados, problemas de produção na Argentina (chuvas excessivas e inundações vêm prejudicando a produção naquele país neste início de ano) e curva sazonal de queda de produção no Uruguai, imagina-se que estes grandes volumes venham de negociações realizadas há alguns meses.
No entanto, é importante atentar para a taxa de câmbio (quantidade de Reais necessários para comprar 1 dólar) e sua evolução recente. Nos cenários iniciais para as projeções de mercado em 2017, utilizava-se taxa de câmbio de R$ 3,50/US$; no entanto, as cotações da moeda americana caíram bastante no passado recente, tendo fechado na data em que escrevemos este artigo (17/02/2017) a R$ 3,09/US$. Um câmbio mais baixo tende a aumentar o interesse pelo leite importado.
Outro fator que «potencializa» esta competitividade dos importados é a própria subida de preços no mercado brasileiro. Mantendo-se estáveis os patamares de preços internacionais e de taxa de câmbio, quanto maiores os preços internos no mercado brasileiro, mais interessantes as importações.
Assim, apesar da proteção da TEC (Tarifa Externa Comum) para importações de fora do Mercosul e de tarifas anti-dumping adicionais à TEC para os produtos vindos de algumas origens específicas, nosso mercado não está imune às influências do mercado internacional e, ao mesmo tempo, das oscilações da taxa de câmbio. É conveniente acompanhar este tema bem de perto para preparar-se para eventuais oscilações de mercado causadas pelo produto vindo de outros países.
http://www.ccprleite.com.br/br/p/418/e-as-importacoes-permaneceram-altas-em-janeiro.aspx