Donos de laticínios gaúchos são presos por produzir e vender leite e queijo estragados

As empresas produziam queijo lanche, cobocó, colonial, de cabra, coalho e para assar, bem como nata, leite pasteurizado e leite de cabra As empresas produziam queijo e leite de variedades diversas
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As empresas produziam queijo lanche, cobocó, colonial, de cabra, coalho e para assar, bem como nata, leite pasteurizado e leite de cabra
As empresas produziam queijo e leite de variedades diversas

Cinco pessoas ligadas a laticínios gaúchos foram presas na manhã desta terça-feira (5) por produzir e vender leite e queijo estragados. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Segurança Alimentar), do Ministério Público (MP) estadual, faz parte da 11ª etapa da Operação Leite Compensado e 4ª etapa da Operação Queijo Compensado.
As prisões preventivas ocorreram em estabelecimentos em São Pedro da Serra, Estrela, Caxias do Sul e Novo Hamburgo. A Justiça de Montenegro deferiu ainda oito de busca e apreensão nas localidades.
As ações investigam as atividades das empresas Laticínios Roesler Ltda e Laticínios Campestre Ltda (ambas em São Pedro da Serra), bem como da Calábria Casa de Queijos (Caxias do Sul) e Nei Casa do Queijo – Produtos Coloniais (Novo Hamburgo), que vendem os produtos dos dois laticínios. Foi deferida a suspensão do exercício da função pública do responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal de São Pedro da Serra.
As empresas têm autorização para a venda de todos os produtos apenas na cidade de São Pedro da Serra, mas revendem para as casas de queijo investigadas, em Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Segundo o Ministério Público, a operação das empresas contou com a conivência do responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal, que permitia que as indústrias funcionassem e colocassem produtos no mercado sem realizar as mínimas análises necessárias para prover a segurança alimentar dos consumidores.
As empresas produziam queijo lanche, cobocó, colonial, de cabra, coalho e para assar, bem como nata, leite pasteurizado e leite de cabra.
São investigadas práticas nocivas à saúde humana pelos suspeitos, já que os produtos fabricados pelas empresas Laticínios Roesler Ltda. e Laticínios Campestre Ltda. (marcas Granja Roesler e Campestre) foram submetidos à análise laboratorial e tiveram resultados positivos para coliformes fecais e bactérias. Além disso, foi detectada fraude a partir da adição de água e amido de milho no leite para aumentar o volume, bem como o acréscimo de água oxigenada e ácido sórbico para aumentar a validade dos produtos.
A fraude foi constatada pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) em análises de quatro coletas de leite pasteurizado tipo C da marca Granja Roesler com data de fabricação em 9 de março deste ano e vencimento em 16 do mesmo mês.
Balanço das operações
Desde maio de 2013, 66 pessoas foram presas, 151 denunciadas pelo Ministério Público e 16 condenadas pela Justiça por adulteração do leite e organização criminosa. Indústrias e transportadoras já assinaram nove Termos de Ajustamento de Conduta (TACs)com o MP, se comprometendo em adotar procedimentos e prática adequadas na produção de leite e derivados.
Os TACs preveem ainda indenização por dano moral coletivo, gerando recursos que retornam para sociedade em forma de bens e equipamentos destinados a diversos órgãos públicos, como a Brigada Militar e a Secretaria da Agricultura. As indenizações somam até o momento cerca de R$ 10,5 milhões. Foram ajuizadas 53 ações coletivas de consumo contra indústrias de laticínios e transportadoras acusadas de fraude, todas com liminares deferidas.
Os condenados até agora:

Paulo César Chiesa
João Irio Marx
Angélica Caponi Marx
Alexandre Caponi
João Cristiano Pranke Marx
Daniel Riet Villanova
Larri Lauri Jappe
Paulo Rogério Schultz
Claudir Luis Baum
Rosilei Geller
Natália Junges
Cleomar Canal
Senald Wachter
Antenor Pedro Signor
Odirlei Fogalli
Egon Bender

http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/07/geral/508350-operacao-do-ministerio-publico-investiga-producao-e-venda-de-leite-e-queijo-estragados.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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