Desafios à exportação de leite

Exportacao de leite - Na semana passada escrevemos aqui sobre uma movimentação de produtores para exigir a implementação de um programa intensivo, profissional,  tenaz e focado na exportação de derivados de leite. 
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Na semana passada escrevemos aqui sobre uma movimentação de produtores para exigir a implementação de um programa intensivo, profissional,  tenaz e focado na exportação de derivados de leite.
Recebemos vários comentários e perguntas que, em grande parte, respondo aqui. Perguntam-me como podemos, os produtores, iniciar essa demanda, de forma organizada, neste ano eleitoral.
Entendo que só existe uma maneira: voluntarismo dos produtores em cada município, a partir de lideranças locais, falando do assunto com candidatos que se comprometam de verdade a exigir a medida.
A movimentação de produtores precisa ser feita sem contar muito com as instituições e entidades hoje existentes, pois elas se esmeram em apenas justificar e expor razões pelas quais hoje, na prática, nada exportamos .
Não temos tempo a perder com justificativas ou explicações. A expressão mais incisiva é esta: ou começamos já a trabalhar para exportar ou centenas de milhares de produtores em todo o Brasil serão prejudicados. E estamos falando de milhões de empregos.
Perguntam-me também se não devemos ir já ao governo atual reivindicar o programa, a equipe necessária. Respondo que sim , se tivermos acesso a quem nos ouça devemos ir já , e me disponho a acompanhar qualquer grupo em encontros e reuniões que antecipem alguma esperança ou interesse. Perguntam-me se questões como qualidade não precisariam ser resolvidas antes. Respondo que não, melhor resolver durante, ao caminhar . Além disso, já existem no Brasil algumas das melhores fazendas do mundo, prontas para fornecer leite da melhor qualidade se houver interesse de processadores industriais no mercado externo.
Temos que pensar sempre que qualquer programa bem elaborado, com recursos financeiros, técnicos e humanos, vai produzir efeitos em pelo menos três anos de trabalho muito duro.
Perguntam-me vários produtores se não tenho grande desânimo com o contexto político atual e a falta de horizontes no quadro eleitoral. Tenho que afirmar meu enorme desânimo , mas não vejo alternativa: temos que tentar!
Disse o ministro Barroso em uma entrevista à revista Veja que sua maior preocupação “é a falta de pessoas pensando o Brasil lá na frente”. Eu concordo. Tudo que se faz neste momento parece vinculado ao curtíssimo prazo, sem estruturação, sem visão de futuro.
Embora seja partidário de privatizações, vejo com tristeza que falam da venda da Eletrobrás  “como essencial para o ajuste em 2018”. Que tragédia! Vendendo infraestrutura para pagar as contas do dia a dia. Respondo aos produtores desanimados com o quadro político, como eu,  que temos que arar e plantar novamente.
Também questionaram alguns leitores se não se pode aproveitar funcionários, autarquias , entidades, verbas já existentes e aglutinar esses fatores para obter o resultado que pretendemos. Claro que sim.
Muitas pessoas e recursos poderiam se converter em atividades produtivas, destinadas a obter mercado para o leite produzido no país. Uma realocação pode funcionar, pode gerar entusiasmo em gente de valor. Mas, terminando, nada vai acontecer se os produtores não se movimentarem.
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/04/15/desafios-a-exportacao-de-leite/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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