Crise hídrica deixará carne, leite e café mais caros no ES

Inflação de alimentos é superior a todos os outros índices no Brasil. Secretário orienta que consumidores substituam produtos.
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Por causa da crise hídrica, o preço de alimentos como carne, leite, café, folhas e tomate devem continuar aumentando. A inflação de alimentos é superior a todos os outros índices no Brasil. No Espírito Santo, produtos de lavouras com ciclo curto tendem a subir.

“O consumidor precisa buscar diversificar as compras e substituir os produtos, migrando de uma carne para outra, optando por hortaliças da estação”, destaca o secretário de Agricultura, Octaciano Neto.

Apesar do aumento dos preços pesar no bolso do consumidor, ele acaba favorecendo os pequenos produtos. “Poderíamos estar enfrentando uma tempestade perfeita, que é quando ocorre a queda absurda da produção e dos preços. Apesar do saldo ainda ser negativo, o aumento dos preços minimiza um pouco os impactos”, explica Octaciano.

Renegociação
Quem mais sofre com a queda da produção são os pequenos agricultores, que têm a plantação como única fonte de renda.

Na tentativa de minimizar os efeitos desse quadro, o Estado pretende atuar na renegociação de dívidas, pressionando o governo federal. Na última quarta-feira, o Conselho Monetário aprovou uma resolução que contempla o Espírito Santo como um dos Estados beneficiados pela renegociação. Porém, algumas restrições vêm sendo colocadas e impediriam que todos os capixabas fossem beneficiados.

“Não há políticas públicas que resolvam o problema de todos os produtores, mas a curto prazo, a renegociação é a melhor opção. Se o produtor puder pegar dinheiro este ano para investir e deixar a dívida para pagar no próximo ano, o sofrimento dele diminui um pouco”, disse o secretário.

Nível do Rio Doce em Colatina some com a estiagem
O nível do Rio Doce em Colatina, no Noroeste do Estado, está tão baixo que não é mais possível medir pela régua da Agência Nacional das Águas (ANA). Com o volume baixo e a vazão de água diminuindo, a captação fica comprometida e a cidade pode passar por racionamento de água.

“Já estamos elaborando um plano de ação para essa questão de racionamento porque realmente está chegando um ponto de dificuldade de captar. O rio está muito baixo e a vazão também está muito baixa”, afirma o diretor operacional do Sanear, Antônio Demoner.

Os bancos de areia estão cada vez maiores e hoje ocupam boa parte da extensão do rio. Para garantir a captação de água os canais precisam ser feitos no meio dos bancos de areia para levar água até as bombas de captação flutuantes. “O lado Norte está ficando difícil porque está muito assoreado”, diz.

A população fica preocupada ao ver o rio e precisa economizar ainda mais. “Quando a gente vinha na rua isso era cheio e agora a gente desanima de ver o rio tão seco”, comenta a agricultora Verônica Menezes.

Preocupação
Segundo o diretor operacional do Sanear, a população precisa economizar. “Hoje gasta-se uma média de 200 litros por pessoa, estamos pensando em 120 litros por pessoa”, finaliza. (Com informações de Raquel Lopes e Mayara Mello)

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/09/crise-hidrica-deixara-carne-leite-e-cafe-mais-caros-no-es.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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