Na fazenda de João Costa Monteiro da Gama, em Arandu (SP), tem gado de leite, um pequeno rebanho para corte e ovelhas.
A criação de ovinos já tinha sido abandonada pela família quando o filho de João Costa conheceu a raça romanov, de origem russa, durante uma viagem a França.
Ele importou três animais de um criador do Chile e, depois de alguns cruzamentos, começou a vender. Atualmente, ele tem nove animais puros na fazenda.
Criadores de Arandu investem em ovelhas de origem russa
Ao contrário de fêmeas de outras raças, que só dão um filhote por parto, a fêmea romanov dá duas ou três crias. Outra vantagem da raça é que o cio dura o ano todo. A reprodução começa mais cedo também, em média com oito meses.
O criador está vendendo 15 cabeças por ano. Cada uma sai, em média, por R$ 4,5 mil, e ele tem clientes em Goiás, Bahia e Santa Catarina.
Os animais são bem parecidos com outros ovinos criados no Brasil, têm praticamente o mesmo tamanho e peso. O produtor também destaca que é uma raça rústica e que se adapta a diferentes climas. A lã cai sozinha e volta a crescer de acordo com a necessidade do animal.
Em São Miguel Arcanjo, Jaime de Oliveira Filho também investiu na raça. Ele gastou R$ 3 mil em um macho romanov e colocou para cruzar com as ovelhas que tinha, de raças diferentes. Quando os primeiros cordeiros foram vendidos, o criador notou que a carne era diferenciada, saborosa e sem cheiro.
O foco do criador é a venda do cordeiro. O quilo sai por R$ 22. São 140 animais no sítio. Jaime diz que, devido às características da raça, não precisa mais ter 300 ovelhas para conseguir um lucro bom.
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