Cooperativa de laticínios Capel fecha as portas por tempo indeterminado

Capel Com mais de 2,5 mil associados no Noroeste do Espírito Santo, Minas Gerais e Leste da Bahia, a Capel, cooperativa sediada em Resplendor (MG), fechou as portas por tempo indeterminado no início desta semana.
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Capel Com mais de 2,5 mil associados no Noroeste do Espírito Santo, Minas Gerais e Leste da Bahia, a Capel, cooperativa sediada em Resplendor (MG), fechou as portas por tempo indeterminado no início desta semana.
Em comunicado aos associados, a instituição informou que passará a coleta de leite para Cooperativa Agropecuária Ibituruna. No documento, emitido no dia 1º de março de 2017, também informa que o processo de recuperação extrajudicial acontecerá de “forma transparente e correta”, e que as causas do fechamento estão relacionadas à crise financeira que a cooperativa vem enfrentando “há algum tempo”.
Quem confirma essas informações é o superintendente da OCB/ES, Carlos André Oliveira, o Carlão, que avalia que a cooperativa mineira não tomou as medidas de gestão necessárias para se antecipar à crise. “A notícia de que a Capel entrou em liquidação em março é muito ruim para o cooperativismo mineiro e brasileiro. A grave recessão e a crise hídrica de parte de Minas Gerais e Espírito Santo contribuíram para o fechamento, mas também houve má gestão dos negócios”, avalia.
O superintendente acrescenta que a Capel está em processo de venda de seus bens para que possa fazer a quitação de dívidas com funcionários e fornecedores. No que tange a seus associados, a Capel está em negociação com laticínios privados e com cooperativas do Espírito Santo e do Brasil para tentar uma possível incorporação. “É uma tentativa de minimizar o impacto, que já é grande, para os produtores. Outro impacto será para os empregados, pois as demissões terão que ser feitas”, completa.
Presidente da Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha também lamenta o fechamento cooperativa, e ressalta que, além das crises hídrica e e econômica, o setor leiteiro sofreu um terceiro impacto, que está ligado a uma portaria do Ministério da Agricultura, emitida em novembro de 2016, que autoriza a importação de de leite em pó.
“O produtor de leite está numa situação dramática. O preço que ele recebe, definitivamente, não cobre os custos de produção. Com o Ministério da Agricultura autorizando a importação de leite em pó para ser reidratado aqui, o preço do litro caiu de R$ 1,40 para menos de R$ 1 em poucos meses”, destaca Júlio, que completa: “Não tem como ficar fazendo uma atividade que vai te dar prejuízo”.
Durante todo esta quinta-feira (02), a reportagem tentou contato com os diretores e coordenadores da Capel, mas não teve suas ligações atendidas.
A Capel tem 56 anos de existência, sendo grupo formado por 87 produtores rurais que se reuniram com a intenção de melhorar o escoamento do leite que eles produziam. Mais recentemente, a Capel montou uma nova usina, moderna e bem equipada, com capacidade para receber até 300 mil litros de leite por dia. Seus mais de 2000 cooperados estão distribuídos em 26 municípios, sendo 16 em Minas Gerais e 10 no Espírito Santo. A cooperativa contava ainda com pelo menos 300 funcionários.
Fonte: A Gazeta

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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