Boas práticas de manejo antes, durante e após a ordenha, evitam o aparecimento da doença nas vacas leiteiras, minimizando perdas na produção
O clima úmido e quente, aliado a chuvas mais frequentes, é propício para a proliferação de bactérias causadoras da mastite, uma inflamação na glândula mamária das vacas, prejudicando a qualidade e a quantidade de leite. O animal infectado pode deixar de produzir até três litros de leite por dia. A contaminação pode ocorrer quando o animal se deita no pasto úmido ou na terra encharcada e com excesso de esterco.
De acordo com o pesquisador Luiz Francisco Zafalon, da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos, neste período chuvoso, a dificuldade para controlar a higiene é maior. “As bactérias presentes no ambiente entram pelo teto e, assim, inicia-se o processo inflamatório. Durante a ordenha também é possível a transmissão das bactérias causadoras da mastite de uma vaca para outra”, afirma Luiz.
Segundo o pesquisador, é importante que o local próximo à sala de ordenha, cochos e bebedouros estejam sempre bem limpos, sem acúmulo de fezes e de urina. Durante a ordenha, deve ser feito o teste da caneca telada e, depois, os tetos da vaca devem ser limpos ou lavados. Em seguida, é indicado o uso de antissépticos. No Brasil, usa-se o cloro nos tetos por pelo menos 30 segundos (pré-dipping). Depois da ordenha, deve-se fazer o pós-dipping, geralmente com iodo. Terminado esse processo, as vacas devem se alimentar.
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