Cientistas descobrem novos usos para o soro de leite ácido do iogurte grego

Pesquisadores do Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York desenvolveram uma maneira de converter o soro de leite ácido oriundo da produção de iogurte grego em biocombustíveis e produtos químicossustentáveis.
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Pesquisadores do Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York desenvolveram uma maneira de converter o soro de leite ácido oriundo da produção de iogurte grego em biocombustíveis e produtos químicossustentáveis. A quantidade de soro de leite ácido, subproduto líquido de baixo pH derivado da produção de iogurte grego, vem aumentando nos últimos 10 anos, já que o iogurte grego passou de 1% na representação das vendas de iogurte em 2007 para cerca de 54% no ano passado, segundo a Chobani.
Cientistas descobrem novos usos para o soro de leite ácido do iogurte grego
O iogurte grego passou de 1% na representação das vendas de iogurte em 2007 para cerca de 54% no ano passado, segundo a Chobani
produção de iogurte grego requer três xícaras de leite para produzir uma xícara de iogurte, resultando na produção de grandes volumes de resíduos de soro de leite ácido, de acordo com os pesquisadores do estudo. Muitos produtores dos EUA têm usado o soro de leite ácido para espalhar em suas terras agrícolas ou o convertem em gás metano, disseram os pesquisadores. No entanto, a demanda do produtor por soro de leite ácido para suas culturas foi superada pela oferta, e as receitas pelo metano permanecem baixas devido à abundância do gás natural nos EUA oriundo de outros métodos, como fraturamento hidráulico (fracking).
«Até agora, nenhum outro produto poderia ser produzido com microbiomas a partir deste fluxo de resíduos. Isso agora mudou. Aqui, mostramos que o soro de leite ácido foi convertido em ácidos carboxílicos de cadeia média (MCCAs) valiosos, como ácido n-caproico (ácido n-hexanoico) e ácido n-caprílico (ácido n-octanoico), sem adição de aceptores externos de elétrons”.
Investimento no local

A conversão de soro de leite ácido em metano resulta em uma «pegada de carbono significativa”, pois o soro gasta muito tempo sendo transportado das fábricas de iogurte grego para digestores anaeróbicos externos, às vezes centenas de quilômetros de distância, disse o líder do estudo, Largus T. Angenent. Segundo ele, a ideia foi desenvolver uma tecnologia na planta da própria fábrica de iogurte grego e assim, criar um produto com um valor maior.
Para fazer isso, os pesquisadores coletaram soro de leite ácido das duas instalações de produção de Nova York da Fage Company e armazenaram o produto a -20°C até colocá-lo em sistemas de biorreatores. Em seguida, eles criaram MCCAs a partir do soro de leite ácido, que contém mais moléculas de carbono do que o gás metano. «O produto químico que produzimos é entre seis e nove carbonos de comprimento e o custo desses produtos químicos está muito mais relacionado à demanda de petróleo e tem um preço maior”.
Angenent e sua equipe acreditam que se esta tecnologia for disponibilizada no local ou nos fabricantes de iogurte grego próximos, criará uma economia circular sustentável para converter as toneladas de restos de soro de leite ácido produzidas todo ano.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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