Pedro Leonardo foi para Amparo acompanhar a produção artesanal de diferentes tipos de queijos, que são vendidos em vários estados brasileiros
Pedro Leonardo é apaixonado por queijo. Neste sábado (10), o apresentador foi à Fazenda Atalaia, em Amparo (SP), conhecer os queijos artesanais produzidos pelo casal Paulo e Rosana Rezende. Conheça a história do casal e das delícias que eles preparam, aqui no Mais Caminhos.
Logo que se casaram, o casal decidiu se mudar para a fazenda que já era da família de Paulo para tentar desenvolver alguma prática que rendesse frutos para o futuro. No início, eles optaram por produzir café, mas a tentativa não deu certo. Enquando isso, a sua esposa, Rosana, começou a fazer queijos para o consumo da família e de amigos, a fim de aproveitar o leite que era produzido na fazenda.
“Convivi com meu pai fazendo queijo e tinha um pouco de noção do que era isso. Comecei fazendo os primeiros queijos levando para a cidade, vendendo para o médico, para pediatra do meu filho, para gerente de banco e fomos nos envolvendo”, explica a produtora rural.
Os clientes e amigos aprovaram e o casal então decidiu investir no negócio. Rosana passou a fazer cursos especializados no ramo, enquanto o Paulo resolveu criar um espaço para a produção. “Nossa ideia era só o queijo fresco, mas começamos a enfrentar diversas dificuldades, pois as vezes sobrava leite e queijo». Para terminar com o problema, eles optaram por um novo tipo de produto: os queijos para maturar, que diferente do tipo fresco, tem uma durabilidade maior.
Queijos maturados
um produto que hoje é com a cara nossa, porque a gente aprendeu fazer… Mas isso levou mais de quinze anos»
Paulo Rezende, produtor rural
Hoje, os queijos maturados são especialidade da fazenda: “um produto que hoje é com a cara nossa, porque a gente aprendeu a fazer… Mas isso levou mais de quinze anos”, diz Paulo, orgulhoso do produto realizado por eles.
O principal diferencial dos queijos produzidos na fazenda em Amparo (SP) é o leite. “É feito com leite nosso, então a gente investe muito na qualidade, pois o leite tem paladar próprio”, explica Paulo.
“A primeira coisa que a pessoa pergunta para gente: esse queijo é de que tipo? Não, esquece o tipo, esse queijo é nosso. Experimenta e vê o que você acha”, explica Rosana sobre o sabor do produto.
Os nomes dados para os queijos procuram valorizar os ambientes da fazenda, pois foi nela que tudo começou. Por isso, «tulha», «terreiro» e «mantiqueira» não são apenas espaços do local, mas os diferentes sabores que são produzidos por lá.
“O que abriu as portas para a gente mesmo foi o queijo Tulha. Quando apresentamos esse produto em São Paulo (SP), as pessoas que degustaram ficaram surpresas e em um ano e pouco ele está nos melhores restaurantes de São Paulo e do Rio de janeiro”, conta Rezende.
Produção
Para entender melhor sobre a produção do queijo, o Pedro foi conhecer cada etapa, começando pela ordenha. Mecânica, automatizada e canalizada. O leite sai da vaca e vai direto para um tanque que mistura, onde é batido e refrigerado.
Depois de ordenhado, o leite vai para o laticínio – que fica ali mesmo na fazenda – e é transportado por um caminhão refrigerado. Em seguida, é bombeado para um tanque, onde aguarda a pasteurização e a padronização do leite. Feito isso, o produto vai para a fermentação e lá são colocados os fermentos que dão origem a aromas, texturas e paladares diferenciados.
O próximo passo é colocar o coalho, para serve para separar o sólido da parte líquida do leite. “O leite vai mudando a consistência e vai ficando bem pastoso. Quando a gente chega ao ponto adequado, ai tem o corte da massa”, explica Paulo. A massa do queijo é moldada na água quente, depois é colocada em um recipiente com a salmoura. “O nozinho fica dez minutos, a mussarela tem que ficar vinte e quatro horas, quando é feita na forma de quatro quilos”, conta a produtora rural. Saiu dali, está pronto para o consumo.
Para muitos tipos de queijos a etapa final é a maturação, pois o tempo em que o produto fica maturando interfere no sabor. Todos os processos da produção são feitos na fazenda, para garantir qualidade e segurança do produto. No início eram apenas seis vacas, hoje já são duzentas, que dão origem a mil e oitocentos litros de leite por dia.
é o resultado de muita luta, muita persistência, trabalho e realização de um sonho»
Rosana Rezende, produtora rural
Rosana conta que tudo isso é realização de um sonho: “é o resultado de muita luta, muita persistência, trabalho e realização de um sonho”.
http://gshow.globo.com/EPTV/Mais-Caminhos/noticia/2016/09/casal-de-amparo-sp-faz-sucesso-com-producao-de-queijo-artesanal.html