BRF compra três empresas e dobra produção externa

A BRF anunciou na quarta-feira, 2, três aquisições por uma soma total equivalente a US$ 500 milhões. As empresas compradas, sediadas na Tailândia, Argentina e Reino Unido, adicionarão US$ 600 milhões ao faturamento da companhia brasileira em 2016 e dobrarão sua capacidade de produção no exterior para 8% do total.
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A BRF anunciou na quarta-feira, 2, três aquisições por uma soma total equivalente a US$ 500 milhões. As empresas compradas, sediadas na Tailândia, Argentina e Reino Unido, adicionarão US$ 600 milhões ao faturamento da companhia brasileira em 2016 e dobrarão sua capacidade de produção no exterior para 8% do total.

A maior aquisição foi a da Golden Foods Siam, uma das líderes na produção de aves na Tailândia, por US$ 360 milhões. A companhia deve acrescentar à produção da BRF de 220 mil a 230 mil toneladas anuais de alimentos em 2016. «A BRF passa a ser a única empresa do planeta capaz de atender seus clientes a partir de Brasil e Tailândia», comentou o presidente da companhia, Pedro Faria, em teleconferência para jornalistas. Além de ser forte na Tailândia, a companhia está presente em 15 mercados globais.

O banco Brasil Plural avalia que a aquisição deve reforçar a presença da BRF no sudeste asiático, já que a Golden Foods tem instalações de produção que facilitam a venda na região.

Para os analistas do BTG Pactual, o investimento na Tailândia é algo totalmente novo. «A aquisição não é apenas relativamente grande, mas também é um marco», diz o relatório.

Os analistas do banco avaliam que a operação dá à BRF, pela primeira vez, uma grande capacidade de produção e processamento de aves fora do Brasil, em uma região com alta competitividade de custos e que concorre diretamente com a indústria avícola brasileira em vários mercados. O BTG ressalta que, com a novidade, a BRF já investiu mais de US$ 1,1 bilhão em aquisições no exterior nos últimos quatro anos.

As outras aquisições anunciadas foram a compra de 100% da distribuidora de alimentos britânica Universal Meats, por £ 34 milhões e de todas as ações da holandesa Eclipse Holding por US$ 85 milhões. A Eclipse é controladora da companhia argentina Campo Austral, forte no segmento de suínos.

A Campo Austral reforça uma estratégia da BRF de avançar no mercado argentino. Em outubro, a companhia comprou sete marcas argentinas de salsicha, hambúrguer e margarina da Molinos Rio de La Plata, por meio das suas subsidiárias no país, Quickfood e Avex.

«Hoje, a presença da BRF na Argentina passa a espelhar de uma forma bastante completa o que é nossa atuação no Brasil. Especialmente em um momento político e econômico interessante no país, em um ambiente que passa a apontar para um futuro promissor», afirmou Faria, se referindo à eleição do presidente argentino, Mauricio Macri, no último dia 22.

Globalização

A BRF adotou fortemente uma estratégia de expansão internacional em maio de 2013, quando o empresário Abílio Diniz, ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar, assumiu a presidência do conselho da empresa de alimentos.

A companhia vem investindo em sua globalização por meio de aquisições de unidades produtoras, marcas e distribuidores de alimentos, além de instalação de escritórios comerciais e joint ventures. Foram 12 movimentos importantes nos últimos dois anos no Oriente Médio (Emirados Árabes Unidos, Omã, Kuwait, Qatar), Ásia (Indonésia, Cingapura e Tailândia) e na Argentina.

Também presente na teleconferência, Diniz destacou que o projeto de expansão deve continuar e trará resultados de longo prazo. «Estamos fazendo uma companhia global, e não somente exportadora, com plantas esparramadas por vários países», disse o empresário.

Faria afirmou que mais aquisições serão feitas. Segundo ele, ativos na África Subsaariana continuam no radar da BRF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20151203/brf-compra-tres-empresas-dobra-producao-externa/322802

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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