Brasil se filiará à FIL/IDF

O Brasil é o 4º maior produtor de leite do mundo. Estados Unidos, China e Índia, os 3 primeiros, juntos com outras dezenas de países são filiados à FIL/IDF – Federação Internacional do Leite/Internacional Dairy Federation. O Brasil fez parte da entidade até alguns anos atrás e hoje está fora.
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Na consolidação de legislações higiênico-sanitárias usualmente são utilizadas normas da FIL/IDF, que fundamentam e estabelecem padrões físico-químicos e bacteriológicos, que dizem respeito à vida do leite e dos produtos lácteos. Esses parâmetros fornecem bases científicas para definição de normas que irão subsidiar a elaboração de regulamentos higiênico-sanitários nos processos de produção, industrialização, transporte e armazenamento do Leite. O Brasil não sendo filiado à FIL não participa das discussões, debates e elaboração dessas normas. Apesar disso, muitas empresas estrangeiras que atuam no Brasil participam do desenvolvimento e das discussões por serem seus países de origem membros da FIL. Mas o fazem de uma perspectiva alheia aos problemas brasileiros e 99% dos laticínios que atuam no Brasil, bem como todos os demais elos da cadeia láctea nacional, não têm acesso ao processo discussão e elaboração das normas técnicas no âmbito da Federação Internacional. Se um determinado país, através de seu Comitê ou representante, participa das discussões de determinados processos e desenvolvimento de normas dentro da FIL, terá acesso ao documento quando este for aprovado, antes mesmo de sua publicação e sem qualquer ônus. Caso contrário não terá esse acesso. Quando são publicadas as normas é preciso efetuar o pagamento, ou aguardar 2 anos, quando o acesso passa a ser gratuito. Daí a importância de estar filiado à FIL e participar dos sub comitês que discutem as normativas. Além deste aspecto, que é, inegavelmente, um dos mais importantes, até pela dimensão, complexidade física, climática e diversidade biológica do Brasil, há de se considerar outros fatores relevantes que caracterizam os trabalhos da FIL/IDF, como a compilação de dados históricos, a multiplicidade de informações e fóruns de discussões dos países membros, transformando-os em beneficiários especiais. Os filiados também têm acesso a estudos sobre saúde animal, sustentabilidade, qualidade, e os lácteos na nutrição humana, que são realizados pela FIL em conjunto com outros organismos internacionais como a FAO, a OMS, e o CODEX ALIMENTARIUS, e uma extensa rede de pesquisadores espalhados por todo o mundo.

Os Comitês nacionais que representam a Federação também podem sugerir, ou organizar encontros para discutir metas de trabalho, e assuntos específicos do setor lácteo. Este ano, está sendo organizado um encontro pelo Comitê da Coreia, com o tema: Dairy for the Next Generation!, a ser realizado entre os dias 15 e 19 de outubro. Um programa extenso que envolve palestras e debates sobre temas como: Desenvolvimento Sustentável; Inovação em Leite Fermentado para a o bem estar do homem; Marketing; Segurança Alimentar; e muitos outros. O Brasil, como o quarto produtor mundial de leite não pode continuar à margem desse importante fórum, que tem como meta “Ajudar a alimentar o mundo com leite seguro e sustentável”. Assim sendo, o G100 tem a satisfação de informar que em junho de 2018 estará reintegrando o Brasil à Federação Internacional de Laticínios/International Dairy Federation – FIL/IDF, a maior organização internacional do setor lácteo. Mediante intensos esforços em várias esferas, o G100 vem liderando esse processo de extrema importância para o setor lácteo brasileiro, cujas etapas envolvem um intenso cronograma de trabalho ora em desenvolvimento: Contactar todas as demais partes legitimamente interessadas em participar e contribuir intelectual e financeiramente com a manutenção e desenvolvimento do Comitê Brasileiro da FIL-IDF e, especialmente, de seus subcomitês técnicos a serem implantados para homologar os processos estabelecidos pela FIL-IDF. As partes incluem empresas, bem como organizações e instituições públicas e privadas, direta e indiretamente relacionadas com o setor lácteo brasileiro, do produtor ao consumidor, entre elas:

– Laticínios e processadores;- Produtores de leite;- Transportadores de leite;

– Empresas e organizações prestadoras de serviços, e provedoras de ingredientes, insumos, coadjuvantes à cadeia láctea, bem como clientes da cadeia láctea;

– Universidades;- Empresas de Pesquisas;

– Empresas distribuidoras e de varejo;

– Órgãos, organizações, empresas e instituições governamentais, segundo suas diferentes esferas: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Ministério da Saúde/ANVISA – Ministério das Relações Exteriores – Ministério da Ciência e Tecnologia – Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, incluindo o INMETRO – Ministério da Justiça – Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) – Banco do Brasil – Caixa Econômica Federal;

– Associações e institutos de representação e de defesa dos consumidores;

– Outras instituições e organizações relevantes e interessadas.Enfim, incluir no Estatuto Definitivo do Comitê Brasileiro da FIL/IDF todos os segmentos produtivos da cadeia láctea e todos os órgãos públicos e privados que direta ou indiretamente têm compromissos com o desenvolvimento da cadeia do leite e dos produtos lácteos de forma harmônica.

Fonte: Terra Viva

Imagem:  Terra Viva

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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