Brasil busca impor novas barreiras à entrada de lácteos

Um deputado brasileiro requer junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), uma auditoria nas indústrias de laticínios do Uruguai e Argentina, para controlar a qualidade do leite, que de acordo com seu entendimento para chegar ao mercado brasileiro, a qualidade deve ser muito superior à de seu país.
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Argentina e Uruguai são grandes exportadores de lácteos para o Brasil, mas a grande diferença é que as indústrias argentinas têm cotas para a entrada de leite em pó e queijos. O deputado Alceu Moreira, que promoveu a auditoria, sustenta que “a ideia é verificar as condições sanitárias da produção” e segundo sua visão, essa qualidade “precisa ser igual ou superior ao leite produzido no Brasil”. Moreira reconheceu que é um antigo pleito do setor lácteo brasileiro com os países vizinhos. O Deputado teria dito ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que considerava oportuna essa missão, até mesmo para um intercâmbio de informações, mas confirmou que não existe data precisa para a auditoria. A expectativa de Moreira é que ocorra no segundo semestre deste ano. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, concorda com o pleito. “Podemos analisar a produção e entender a visão que têm sobre nosso mercado daqui para frente”. O dirigente considera que o Uruguai e a Argentina sempre foram referências na produção de leite de alta qualidade. Cabe lembrar que entre janeiro e junho de 2016, as importações brasileiras de lácteos cresceram 57,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais. Déficit – O déficit da balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2016, já é o dobro do registrado em todo 2015, refletindo a escassez de matéria-prima no mercado interno. No primeiro semestre do ano em curso, o Brasil importou US$ 268,6 milhões em produtos lácteos, gerando um déficit de US$ 205,9 milhões. Em 2015 o déficit total foi de US$ 100 milhões. Medido em litros, o déficit na balança comercial brasileira foi de 683,7 milhões de litros, diante de 343,7 milhões de litros registrados no primeiro semestre de 2015, e no acumulado do ano passado, esse déficit chegou a 548 milhões de litros. Visão – A Embrapa espera que a produção brasileira de leite cresça nos próximos 10 anos. O organismo estimou que na próxima década o consumo esteja próximo à produção, com um crescimento anual de 2,2%, mas poderá chegar a 3,5%. Segundo a Embrapa, o crescimento na produção poderá melhorar o comércio mundial, elevando a balança comercial para o Brasil. “Existe uma concentração no processo de produção da indústria de laticínios, o que redundará em maior competitividade para o setor”, diz a Embrapa. O crescimento da oferta nos últimos 20 anos esteve em torno de 4% anual, mas, existe muita tecnologia para ser incorporada à produção. Estima-se que os preços dos lácteos no Brasil subam no mercado interno entre 6% e 8% na próxima década. A projeção é que o crescimento do mercado interno seja fraco, pelo aumento da população e elevação da renda.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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