A Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios (ATILRA) realizada a partir da zero hora de hoje, uma greve das atividades em todo o país, de 24 horas “em solidariedade” pela situação crítica, econômica e financeira, que atravessa a SanCor.
A medida de força foi decidida pelos delegados regionais de todo o país em reunião realizada na sede do sindicato na Capital. O portavoz da entidade, Héber Ríos, adiantou a preocupação com “o futuro das 4.400 famílias” dos empregados da companhia, cuja permanência no trabalho está em perigo. A greve nacional alcança todas as indústrias de laticínios da Argentina.
Em declaração à imprensa, o secretário geral da ATILRA, Héctor Ponce, afirmou que o sindicato está “disposto a reduzir até em 70% a contribuição mensal patronal”, que recebem para a obra social. Assegurou que o Centro da Indústria de Laticínios (CIL) que representa as empresas “também deveria dar respostas” e questionou o fato desta entidade estar especulando para “tirar vantagens da situação da SanCor”.
As Câmara empresariais querem uma negociação do Acordo Coletivo de Trabalho e que não haja recomposição salarial durante todo o ano”, advertiu Ponce. Centenas de delegados regionais chegaram à sede da ATILRA e esperavam para decidir sobre a greve geral, o que foi efetivo no final da noite, depois que os caminhoneiros do setor decidiram pela medida de força.
Poce reconheceu que para resolver a situação da SanCor “é preciso tomar decisões empresariais”. No entanto, a Associação quer que a SanCor se salve como cooperativa e recusou a possibilidade de que se converta em uma sociedade anônima.
Disse que “é inaceitável como estão gerenciado a SanCor; não estão fazendo nada para manter os trabalhadores na empresa”. Parece que o Conselho de Administração espera sentado, que terceiros ofereçam soluções. O fato de não fazer nada é uma decisão política também”, se queijo o dirigente.
Falta nas gôndolas
Os produtos da SanCor faltam nas cadeias de supermercados e nos autosserviços já começou a produzir-se e refletir na crise que atravessa a histórica cooperativa de laticínios que completa 79 anos, agora em 2017. Manteiga, creme, iogurtes, queijo em pasta Mendicrim e outros engrossam a lista de clássicos que a cooperativa vem entregando a conta gotas, outros não entregam diretamente, e muitos simplesmente estão com as entregas suspensas.
Neste cenário complicado, o saquinho de leite não está sendo entregue por falta de matéria-prima, uma constante com a fuga de produtores por falta de pagamento pelo SanCor. Desta forma estão tendo que recorrer ao mercado spot. A cooperativa com sede em Sunchales, Santa Fe, também, tirou de circulação alguns queijos como o port salut e o cremoso e o resto está sendo entregue de forma aleatória.
Por sua parte, os iogurtes e pastas, que na realidade agora são da produtora de azeite Vicentín, que comprou essa linha de negócios, são distribuídos pela SanCor e têm complicações logísticas, e nem sempre estão disponíveis.
O que acontecerá com a matéria-prima?
Ontem à noite nos comunicamos com algumas empresas locais, não ficando muito claro sobre a greve. Até o momento os produtores preparam a produção, com a expectativa de que os caminhões recolhem o leite de cada dia. Estima-se que a maioria possui tanque suficiente para armazenar a matéria prima por dois dias. Também não houve decisão sobre o bloqueio de indústrias da região.
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