O Distrito Federal produz cerca de 110 mil litros de leite e 12 toneladas de carne de búfalo ao ano. De acordo com a Emater-DF, os agricultores familiares que criam o animal no DF estão localizados na Ceilândia e em Brazlândia e seus produtos são vendidos em restaurantes, pizzarias, hotéis e a Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa).
Marli Neri Farias, de 69 anos, cria uma manada de 140 cabeças de búfalo leiteiro em um espaço de 49,9 hectares em Brazlândia, e possui um laticínio para a produção de queijos. Por mês, ela e seus sete funcionários conseguem retirar cerca de 3 mil litros de leite para fazer as 23 variedades de queijos como muçarela, ricota, minas e palito. A entrega é feita em todas as cidades do DF e são aceitas encomendas.
Há 16 anos, Marli e seu marido, que faleceu ano passado, trocaram o tradicional gado bovino pelos búfalos, por considerarem de fácil criação e por ser um diferencial para o mercado. Desde então, a agricultora trabalha com produtos de origem bubalina. “O búfalo é bem melhor porque dá menos trabalho na criação e com pouco leite produzimos mais”, afirma a produtora.
Segundo ela, além da fácil criação, os bubalinos são obedientes e aceitam melhor a ordenha mecânica sem dar coices, diferentemente dos bovinos. Os búfalos são animais de hábitos noturnos e selvagens por isso necessitam de mais espaço. Na alimentação, eles não são seletivos, comem de tudo, dispensando a suplementação alimentar.
Carne e leite
Na criação de bubalinos, o leite é mais caro, mas a aceitação no mercado é maior. A carne é mais leve e saudável. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), a carne de búfala tem 40% menos colesterol e 55% menos calorias do que a bovina. E o leite da búfala é mais gorduroso e tem mais calorias do que o da vaca, o teor de gordura do leite da búfala é de 8,16%, enquanto o da vaca é de 3,68%.
Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário