Foto: FAEP.

Na última segunda-feira, 13, a governadora do Paraná, Cida Borghetti, encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedindo a suspensão da vacinação contra a doença em maio de 2019. Desta forma, o novo status sanitário do Paraná seria reconhecido na Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, em maio de 2021.

No documento, a governadora ratificou o compromisso de implementar as ações e metas previstas no Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa) do Mapa. Esse plano dividiu o Brasil em cinco blocos regionais para a retirada gradual da vacina, sendo que o Paraná integra o Bloco V, com o Rio Grande do Sul, Santa Catarina (que já é área livre de febre aftosa sem vacinação), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com o cronograma do Mapa, esse bloco só será reconhecido livre da doença sem vacinação em 2023. Porém, o Paraná acredita que tem condições de obter o reconhecimento antes. “É preciso avançar nesta discussão tão importante”, destacou a governadora.
Auditoria realizada pelo Mapa, em janeiro, considerou boas as condições gerais da defesa agropecuária do Estado, considerando os programas, estrutura, capacidades técnica, financeira e administrativa do serviço de vigilância da sanidade agropecuária. Uma nova vistoria, específica do programa de febre aftosa, deve ser realizada ainda este ano.
“Fazer parte do Bloco V para retirar a vacina não é estratégico para os produtores paranaenses, pois o Estado já tem todas as condições técnicas para isso. O pleito da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e outras tantas entidades do setor é que o Paraná siga, de forma independente, o mesmo cronograma do Bloco I, que seria reconhecido como área livre da doença sem vacinação em 2021”, destaca o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.
O reconhecimento como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação colocará o Paraná em outro patamar global como fornecedor de proteínas animais, diz a Faep em nota. A partir da conquista deste novo status sanitário, o Estado poderá buscar novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne. “Apesar da espécie vacinada contra a febre aftosa ser a bovina, os impactos se refletirão em todas as cadeias de proteínas animal e vegetal, principalmente na avicultura e suinocultura, atividades em que o Paraná é tido como referência nacional e mundial na produção, tanto na qualidade como na quantidade”, informa a entidade.
Fonte: Faep.