7 razões pelas quais a recuperação no setor leiteiro não é iminente

Os mercados mundiais de lácteos continuam com excesso de oferta. Na última edição do Global Dairy Market Outlook, do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), foram identificadas sete razões pelas quais uma recuperação global não parece ser iminente:
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Os mercados mundiais de lácteos continuam com excesso de oferta. Na última edição do Global Dairy Market Outlook, do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), foram identificadas sete razões pelas quais uma recuperação global não parece ser iminente:

1) Economia mundial frágil. As notícias do começo do ano novo estão dominadas pela ansiedade sobre as commodities globais e os mercados acionários. Os preços do petróleo estão em seus menores níveis em 12 anos. Os preços dos grãos estão em seus menores níveis desde 2009 e a previsão continua fraca. Os mercados globais de ações estão agitados. As preocupações sobre a sanidade da economia da China continuam aumentando. Isso reflete amplamente uma fragilidade na economia mundial, o que não sugere uma recuperação do setor leiteiro em curto prazo.

2) Ampla oferta global de lácteos. Grandes estoques, tanto no lado das vendas como no lado das compras da cadeia de fornecimento, bem como os estoques do governo da União Europeia (UE), limitarão as previsões de recuperação nos próximos meses. Até 10 de janeiro, os estoques de intervenção da UE estavam em 46.639 toneladas após uma oferta de 6.359 toneladas na semana anterior. Em 6.000 toneladas por semana, o limite de 109.000 toneladas será alcançado até março – bem quando o pico da primavera estará ocorrendo. Nos Estados Unidos, os estoques comerciais de queijos, manteiga e leite em pó desnatado no final de novembro eram de 115.000 toneladas, maior do que o normal para o período.

3) Produção de leite na UE. A produção de leite em outubro foi estimada como sendo 4% maior do que no ano anterior. O USDEC estimou que a produção de novembro aumentou quase 4% e previu um aumento de 1 a 1,5% com relação ao ano anterior na primeira metade de 2016. Nos oito meses desde que as cotas de produção chegaram ao fim, as entregas de leite na Irlanda e na Holanda aumentaram 10%. Isso mais do que compensou um declínio de 3% na produção na Nova Zelândia na primeira metade de sua estação de 2015/16.

4) Ainda esperando a China. As importações da China foram acima dos níveis do ano anterior em novembro (embora com relação a uma baixa comparável). Além disso, as exportações da Nova Zelândia à China aumentaram dramaticamente em novembro, o que sugere bons volumes de importação da China em dezembro. Entretanto, essas compras devem ter sido principalmente devido à empolgação anual da China pelo leite em pó com baixas tarifas da Nova Zelândia, que são redefinidas no começo de cada ano. Os processadores chineses parecem ter finalmente trabalhado para reduzir os estoques a níveis confortáveis, mas embora o crescimento da produção doméstica seja modesto, até agora ainda está crescendo suficientemente para mitigar a necessidade de uma mudança no jogo nas importações.

5) Preços estagnados. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado. O preço de intervenção da UE para leite em pó desnatado (cerca de US$ 1.844/tonelada a taxas de câmbio atuais) colocou um piso sobre os preços agora. Entretanto, não há urgência na oferta de preços mais elevados dados os atuais excedentes. Os preços caíram em 19 de janeiro no leilão GDT, segundo declínio seguido. O leite em pó integral ficou em média em US$ 2.188/tonelada e o leite em pó desnatado ficou em US$ 1.835/tonelada. Os comerciantes não antecipam muita melhora nos próximos meses; em 19 de janeiro, os futuros na NZX para leite em pó integral ficaram em média em US$ 2.297/tonelada para o segundo trimestre de 2016.

6) Clima. Um dos direcionadores relacionados ao clima que poderia ter apontado os mercados para um território positivo moderaram nos dois últimos meses. A ameaça do El Niño na produção de leite da Nova Zelândia diminuiu à medida que os neozelandeses já passaram pelo pico. Nos meses de pico, de outubro e novembro, a produção de leite da Nova Zelândia caiu apenas 2,4% com relação ao ano anterior.

7) Pequena urgência para compradores. Os compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo – Argélia e Venezuela, em particular – tenham reduzido as compras nos últimos meses. Assim como todas as commodities, os lácteos precisam de uma história de alta para impulsionar um aumento global. Atualmente, essa história não existe. A avaliação anterior do mercado feita pelo USDEC continua a mesma: levará grande parte de 2016, se não o ano todo, para os mercados se reequilibrarem.
Fonte USDEC.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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