Índices de chuva abaixo da média e frio antecipado atingiram em cheio a produção que chegou a cair mais que pela metade na região
Quem sobrevive da pecuária leiteira na região de Nova Andradina passou a amargar dias de crise nos últimos meses. De um lado, 2018 registra índices de chuva abaixo da média e, de outro lado, o frio antecipado atingiu em cheio a produção que chegou a cair mais que pela metade para os produtores que vivem da atividade.
Produtor há 20 anos, Manoel Ricardo Lopes Rodrigues classifica o atual cenário do setor como o pior já visto nos últimos anos. De 120 litros de leite produzidos por dia, ele diz que hoje a sua produção chega a apenas 50 litros. “Fechei maio no vermelho ao não conseguir cobrir os custos e a tendência, pelo que se vê, é de mais prejuízo no setor”, expõe o produtor do Assentamento Santa Olga.
Produtor há 20 anos, Manoel Ricardo Lopes Rodrigues classifica o atual cenário do setor como o pior já visto nos últimos anos. De 120 litros de leite produzidos por dia, ele diz que hoje a sua produção chega a apenas 50 litros. “Fechei maio no vermelho ao não conseguir cobrir os custos e a tendência, pelo que se vê, é de mais prejuízo no setor”, expõe o produtor do Assentamento Santa Olga.
Como se não bastasse a queda na produção, Rodrigues detalha que um dos entraves é a alta nos produtos de suplementação do gado. Segundo o produtor, uma saca de 50 quilos de milho que antes custava em média R$ 21, hoje chega a cerca de R$ 50, além ainda da ração que de uma média de R$ 30 a R$ 32, é encontrada até em torno de R$ 47.
“Sem pasto devido à seca, o único jeito é suplementar o gado a base de ração e milho. Se não adotarmos tal prática, simplesmente perdemos o animal”, explica o produtor. Antes, por exemplo, era necessário apenas 2 quilos de ração por vaca, enquanto que agora é preciso dar de 6 a 8 para ela sobreviver”, enfatiza Rodrigues.
Outro gargalo, conforme ele, é o preço pago pelas cooperativas no litro do leite que não supri os gastos com a produção. “Mesmo reajustando de R$ 0,80 para R$ 1,00, é difícil driblar a crise que estamos enfrentando. Muitos produtores não conseguem se manter e precisam deixar suas propriedades em busca de uma nova ocupação”, pontuou Rodrigues.
Associada à baixa produtividade, a crise que o setor atravessa traz mais uma preocupação para o produtor. Apostando em dias melhores, Rodrigues relata que investiu R$ 60 mil no ano passado em um financiamento para a aquisição de mais cabeças de gado para fomentar a produção. “Ninguém imagina que uma crise está por vir. No ano passado, uma mesma vaca girolando que dava de 18 a 20 litros de leite, hoje não passa de 5. Se um mês chegávamos a 3.600 litros por mês em 2017, neste ano tiramos apenas uma média de 1.500”, desabafa.
Outro gargalo, conforme ele, é o preço pago pelas cooperativas no litro do leite que não supri os gastos com a produção. “Mesmo reajustando de R$ 0,80 para R$ 1,00, é difícil driblar a crise que estamos enfrentando. Muitos produtores não conseguem se manter e precisam deixar suas propriedades em busca de uma nova ocupação”, pontuou Rodrigues.
Associada à baixa produtividade, a crise que o setor atravessa traz mais uma preocupação para o produtor. Apostando em dias melhores, Rodrigues relata que investiu R$ 60 mil no ano passado em um financiamento para a aquisição de mais cabeças de gado para fomentar a produção. “Ninguém imagina que uma crise está por vir. No ano passado, uma mesma vaca girolando que dava de 18 a 20 litros de leite, hoje não passa de 5. Se um mês chegávamos a 3.600 litros por mês em 2017, neste ano tiramos apenas uma média de 1.500”, desabafa.
Em busca de alternativas para fomentar produção
Uma batalha já de anos dos produtores do Santa Olga é a aquisição de um pasteurizador em placa para agregar maior valor à produção. Conforme explica Rodrigues, o equipamento mais moderno permite acelerar o processo que hoje é lento de 1 em 1 litro, para a pasteurização de 500 litros de leite em apenas uma hora. “Trata-se de inovação necessária para a nossa produção a fim de aumentar o abastecimento de leite nas escolas do município. Já fizemos várias intervenções juntos às esferas políticas do nosso Estado e estamos no aguardo desse incentivo que será mais um importante passo para a nossa produção”, frisou o produtor entrevistado pela reportagem.
Crise do setor é agravada com a greve dos caminhoneiros
Não uma realidade apenas de Nova Andradina, o setor produtivo da cadeia do leite foi mais impactado com a mobilização nacional dos caminhoneiros que terminou na região no 10º dia. Sem conseguir transportar o leite captado nas propriedades até as cooperativas, produtores precisavam buscar outras fontes de renda para não jogar o produto fora.
Rodrigues conta que uma das alternativas dos produtores do assentamento foi apostar na produção de doces, queijos e requeijão, ou ainda alimentar outros animais da propriedade como os suínos.
http://www.novanews.com.br/noticias/cidades/nova-andradina-produtores-de-leite-amargam-uma-das-piores-crises-dos-ultimos-anos
Uma batalha já de anos dos produtores do Santa Olga é a aquisição de um pasteurizador em placa para agregar maior valor à produção. Conforme explica Rodrigues, o equipamento mais moderno permite acelerar o processo que hoje é lento de 1 em 1 litro, para a pasteurização de 500 litros de leite em apenas uma hora. “Trata-se de inovação necessária para a nossa produção a fim de aumentar o abastecimento de leite nas escolas do município. Já fizemos várias intervenções juntos às esferas políticas do nosso Estado e estamos no aguardo desse incentivo que será mais um importante passo para a nossa produção”, frisou o produtor entrevistado pela reportagem.
Crise do setor é agravada com a greve dos caminhoneiros
Não uma realidade apenas de Nova Andradina, o setor produtivo da cadeia do leite foi mais impactado com a mobilização nacional dos caminhoneiros que terminou na região no 10º dia. Sem conseguir transportar o leite captado nas propriedades até as cooperativas, produtores precisavam buscar outras fontes de renda para não jogar o produto fora.
Rodrigues conta que uma das alternativas dos produtores do assentamento foi apostar na produção de doces, queijos e requeijão, ou ainda alimentar outros animais da propriedade como os suínos.
http://www.novanews.com.br/noticias/cidades/nova-andradina-produtores-de-leite-amargam-uma-das-piores-crises-dos-ultimos-anos