Evitar crises futuras no setor lácteo! Preservar a produção de leite no longo prazo

Produção/UE – Os produtores de leite de toda a Europa renovam as reivindicações por instrumentos eficazes e adotadas de estatutos legais capazes de ajustar volumes em caso de crise.
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Produção/UE – Os produtores de leite de toda a Europa renovam as reivindicações por instrumentos eficazes e adotadas de estatutos legais capazes de ajustar volumes em caso de crise. Durante a assembleia geral do European Milk Board (EMB), em Hoznayo, na Espanha, os produtores de leite de 14 associações europeias se pronunciaram em favor da inclusão no PAC (Plano Agrícola Comunitário) de um instrumento de redução de volumes em caso de crise, como condição indispensável à manutenção do equilíbrio do mercado do leite no longo prazo.
A associação que representa as organizações de produtores de leite renovou o pedido de um mecanismo que adapta os volumes de produção em períodos de crise. O programa de redução de volumes da União Europeia (UE) aplicado no último verão teve um impacto positivo incontestável sobre a evolução do preço do leite ao produtor. “O programa de Responsabilidade do Mercado do EMB, que prevê uma renúncia voluntária de produção em tempos de crise deve ser incluído na PAC sob a forma de instrumentos reguladores, associados a um piso dos volumes”, disse o presidente da EMB, Romuald Schaber.
A manteiga contra o leite em pó
Enquanto a imagem para o público é de que houve recuperação do preço do leite ao produtor, a realidade nas fazendas é muito diferente. Os produtores de leite da Europa não recebem hoje, o suficiente para cobrir os custos. A elevação das receitas do leite pela matéria gorda é neutralizada com os preços extremamente baixos da bonificação pela proteína do leite. A situação tensa do mercado da manteiga é particularmente benéfica para o varejo. Os consumidores pagam preços exorbitantes pela manteiga e enfrentam prateleiras vazias, como no caso da França. E o produtor é o recheio do peru. Para a associação espanhola dos produtores de leite (OPL), anfitriã desta edição da assembleia geral da EMB, a situação dos produtores de leite local é muito grave. “Com o preço de 0,31 €/litro, [R$ 1,23/litro], não tem como, simplesmente, cobrir os custos de produção; duas fazendas, por dia, passam a chave na porteira” explica Marta Fernández Nicolás, vice-presidente da OPL. “A Espanha está, atualmente, entre os cinco estados membros da UE que tem o preço mais baixo, fazendo com que a nossa produção tenha caído perto de 40%. “Os produtores de leite europeus são unânimes: as crises recorrentes impedem o desenvolvimento favorável no longo prazo, da atividade leiteira.
Para Romuald Schaber, o leite em pó que se acumula nos estoques públicos de intervenção é um produto problemático para o mercado. “Nossa assembleia geral reivindica, veementemente, redução dos volumes de intervenção das atuais 109.000 toneladas, e simultaneamente, elevação do preço pelo menos em 0,30 €/kg. Não é aceitável que a Comissão Europeia (CE) continue empregando um instrumento que gera custos que, no final é um custo para os produtores. Maiores volumes só devem ser usados se a demanda por produtos lácteos cair inesperadamente, como foi o caso, por exemplo, do embargo russo. De um modo geral, a produção deve se adaptar à demanda através de um programa de redução do volume, uma vez que a quantidade limite fixada seja atingida.
A Assembleia Geral se opõe também, firmemente, à venda do leite em pó desnatado a preço inferior ao seu valor e exige a criação de outras formas de valorização. Diante desta situação, é hora de estabelecer instrumentos de gestão de crise eficazes!
Diante da urgência da situação, estas medidas devem ser adotadas ao nível político o mais rapidamente possível. Caso contrário, os produtores de leite vão agir para que nossas reivindicações sejam ouvidas.
http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=14806:evitar-crises-futuras-no-setor-lacteo-preservar-a-producao-de-leite-no-longo-prazo

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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