Experiência da Nova Zelândia mostra créditos associados à gestão leiteira

Investimentos/NZ – Paul Lamont, analista do Rabobank na Nova Zelândia, mostrou o modelo de financiamento de longo prazo que é utilizado no país da Oceania.
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Investimentos/NZ – Paul Lamont, analista do Rabobank na Nova Zelândia, mostrou o modelo de financiamento de longo prazo que é utilizado no país da Oceania. “É preciso entender do que a leiteria uruguaia precisa na atual conjuntura”, disse a El Observador Agropecuário o delegado dos produtores no Instituto Nacional de La Leche (Inale), Eduardo Viera.
São instrumentos financeiros que tenham a filosofia de longo prazo que pode chegar a 15 anos e com reestruturação de empréstimos quando for necessário, comentou por sua vez o presidente do Inale, Ricardo de Izaguirre. Lamont analisou quais estratégias e instrumentos são necessários durante o Foro do Inale. Disse em sua palestra “é viável no Uruguai, e mais ainda em um setor como o de leite, que os investimentos sejam de longo prazo. Em todo o mundo é igual. Quando se investe em leite, se investe em muitos anos adiante”. De Izaguirre explicou que este tipo de financiamento permite superar as variações de preços e outros fatores conjunturais, tendo os bancos de atuarem como sócios dos produtores a quem devem apoiar nos momentos de dificuldades, estabelecendo maiores flexibilidades para receber os ativos que foram investidos. O conceito apresentado por Lamont “foi observado quando estivemos na Nova Zelândia em 2011, visitando fazendas e falando com produtores”, disse Viera. Valorizar as experiências de seus colegas, especialmente compartilhando o nível das dívidas que são efetuadas com taxas de juros muito baixas. É uma realidade do país onde existem cinco bancos privados que disputam os clientes e visitam suas propriedades para apresentar os projetos de investimentos. A flexibilidade dos prazos é a grande diferença desta ferramenta, garante Viera.
Curto Prazo
O dirigente considerou que no Uruguai o grande problema dos bancos é emprestar dinheiro em curto prazo e isso é totalmente inviável para o setor de leite. Um setor que, historicamente, demonstra que cumpre com seus pagamentos e suas dívidas, só que precisa de tempo, como ocorre na atual conjuntura. Este tipo de mensagem deveria ter sido apresentado aos bancos, levando em conta que o nível de endividamento dos produtores da Nova Zelândia é muito maior do que os do Uruguai. “O endividamento de curto prazo é o que existe de pior”, afirmou Viera. Na Nova Zelândia tem mais vacas de leite do que pessoas, diferente do Uruguai, onde é mais difícil encontrar alguém consciente e saber de onde vêm as maiores divisas do país. Na Nova Zelândia existe quase uma vaca de leite por habitante, enquanto que no Uruguai a cifra é quase cinco pessoas para cada vaca. Esta situação reflete na mentalidade da população. “No Uruguai, não existe consciência do que significa o setor leiteiro, nem o setor agro para a economia, porque se desconhece de onde vem a maior parte das divisas que entram no país”, destacou o dirigente.
Dificuldades
O governo reconhece que o setor lácteo está em dificuldades e até o próprio presidente Tabaré Vázquez se envolveu com o tema, destacou o subsecretário de Pecuária, Agricultura e Pesca, Enzo Benech. Explicou que se está trabalhando com todos os atores na mesma mesa. Advertiu que na cadeia integrada não se pode esquecer que não pode haver indústria sem produtores. E “não se pode haver trabalho, sem indústria. Se esquecermos que somos o elo de uma cadeia, dificilmente encontraremos soluções”.
http://terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=11932:experiencia-da-nova-zelandia-mostra-creditos-associados-a-gestao-leiteira

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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