Otimismo cauteloso com as exportações de lácteos

Depois de fechar 2015 com mais um déficit na balança comercial, o setor de lácteos inicia o novo ano mais otimista, ainda que o tom seja de cautela. No ano que passou, as exportações brasileiras de lácteos somaram US$ 319,2 milhões, 8% abaixo do registrado em 2014.
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Depois de fechar 2015 com mais um déficit na balança comercial, o setor de lácteos inicia o novo ano mais otimista, ainda que o tom seja de cautela. No ano que passou, as exportações brasileiras de lácteos somaram US$ 319,2 milhões, 8% abaixo do registrado em 2014. No mesmo período, as importações brasileiras do setor também caíram, 6%, e totalizaram US$ 419 milhões.

Para este ano, de acordo com Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que reúne empresas do setor, a expectativa é de que a receita com as vendas externas possa alcançar até US$ 450 milhões, ou cerca de 40% acima de 2015.

A abertura de novos mercados e a consolidação daqueles para os quais o Brasil já exporta devem sustentar o crescimento, avalia Martins. Ele acrescenta que o câmbio atual também é um estímulo às vendas ao exterior, embora os preços internacionais dos lácteos estejam pressionados em decorrência, principalmente, do desaquecimento da demanda. Mas a expectativa, diz, é de que as cotações se recuperem a partir do segundo semestre deste ano, outro fator que favoreceria as exportações.

Um dos desafios do setor em 2016 é reduzir o que Martins chama de «venezuelodependência». No ano que passou, 75% da receita com as exportações de lácteos veio das vendas à Venezuela. «A Venezuela é boa oportunidade para o Brasil, mas não se pode colocar todas as fichas nela. Temos que ampliar o leque de países importadores», afirma.

Os passos para diversificar os clientes estão sendo dados. Após a abertura do mercado russo em 2015 para os lácteos do Brasil – o país já embarcou 182 toneladas de manteiga e 248 de queijos ano passado à Rússia e há potencial para dobrar o volume este ano -, a expectativa é abrir efetivamente a China, maior importador global de lácteos que se retraiu no mercado em 2015. Oito plantas estão em processo de habilitação para exportar leite em pó, principalmente.

Conforme Martins, neste momento, as empresas que querem exportar ao mercado chinês estão respondendo a questionários com informações sobre sanidade. Esse questionário tem de ser validado pelo Ministério de Agricultura, que faz a solicitação de habilitação à China. O setor também espera a habilitação de plantas, ainda neste semestre, para exportar leites em pó e condensado ao Panamá. Há ainda uma negociação de acordo tarifário com o México, acrescenta o diretor-executivo da Viva Lácteos.

Medidas de promoção comercial, em conjunto com a Apex, também estão no planejamento da Viva Lácteos. Além de novos mercados, clientes como Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito e Emirados Árabes, estão no foco, segundo o dirigente.

Na visão de Martins, não há espaço para aumento das importações este ano. «A importação deve continuar nos mesmos patamares, com possibilidade de queda porque não tem aumento de demanda que justifique uma alta». Ele reitera a necessidade investimentos em tecnologia, melhora da competitividade e a adequação dos marcos regulatórios do país para elevar as vendas externas de lácteos.

Fonte Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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