Setor de lácteos da Austrália enfrenta ano complicado

Os produtores de leite australianos mal conseguirão alcançar um ponto de equilíbrio, sem perdas nem ganhos, em meio ao colapso dos preços globais do leite.
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Os produtores de leite australianos mal conseguirão alcançar um ponto de equilíbrio, sem perdas nem ganhos, em meio ao colapso dos preços globais do leite. A maioria dos processadores de leite da Austrália declarou um preço de abertura de A$ 5,60 (US$ 4,14) por quilo de sólidos do leite para a estação de 2015-16 e esperam que esse aumente para A$ 6 (US$ 4,43) por quilo de sólidos até o final do ano.

Entretanto, uma sobre-oferta persistente de leite e a desaceleração do crescimento na China e no Oriente Médio levaram os preços globais do leite a seu menor valor em anos, ameaçando colocar um freio nos aumentos de preços e sinalizando 12 meses difíceis pela frente para os produtores.

O presidente da Australian Dairy Fermers, Noel Campbell, disse que a maioria dos produtores operou com um preço de A$ 5 a A$ 5,50 (US$ 3,69 a US$ 4,06) por quilo para cobrir os custos de produção. “Como produtores de leite, temos que ser cuidadosos nos próximos 12 meses sobre como operamos nossos negócios. O que acontecer nos próximos 12 meses em termos de preços internacionais ditará se há alguma possibilidade de avançar no ano”.

Entretanto, Campbell está confiante de que os produtores australianos serão poupados dos cortes de preços registrados na Nova Zelândia. Isso porque a Nova Zelândia é mais dependente do preço global do leite em pó integral. “Nós não temos as altas grandes do mercado global como eles mas, pela mesma razão, não temos baixas tão profundas no mercado quando isso acontece, porque temos um mercado doméstico bem maior que amortece isso em uma grande proporção”.

Os preços do leite em pó integral caíram em 13,1% no leilão Global Dairy Trade da semana retrasada, para US$ 1.848 a tonelada, o menor valor em julho de 2009. Essa queda no preço forçou a Fonterra, maior exportador de lácteos do mundo, a cortar sua previsão de pagamentos aos produtores neozelandeses, para NZ$ 4,40 (US$ 2,90) por quilo de sólidos do leite.

Entretanto, na Austrália, a cooperativa neozelandesa manteve um preço de abertura semelhante aos dos competidores locais, de A$ 5,60 (US$ 4,14) por quilo.

Apesar de Campbell ter alertado sobre a dificuldade dos próximos 12 meses, ele disse que uma previsão de prazo maior para os lácteos era positiva, citando um acordo de livre comércio que o governo australiano assinou com a China nesse ano.

“O mercado chinês é um mercado crescente. Tradicionalmente, o Japão tem sido nosso melhor mercado, mas é um mercado estagnado e maduro. Dessa forma, a entrada de um acordo de livre comércio com a China dará aos produtores confiança de que a viabilidade da indústria de lácteos em longo prazo é forte”.

A reportagem é do The Land, traduzida pela Equipe MilkPoint.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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