Técnicas avançadas de produção e sanidade animal na Argentina chamam a atenção de produtores de MT

Os produtores rurais de Mato Grosso que participaram na última semana de uma Missão Técnica da FAMATO e do SENAR-MT para a Argentina constataram que apesar de os pecuaristas argentinos estarem passando por uma situação econômica bastante complicada, eles continuam aplicando técnicas avançadas de nutrição animal e sanidade do rebanho, atingindo bons níveis de produção de carne e de leite.
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Os produtores rurais de Mato Grosso que participaram na última semana de uma Missão Técnica da FAMATO e do SENAR-MT para a Argentina constataram que apesar de os pecuaristas argentinos estarem passando por uma situação econômica bastante complicada, eles continuam aplicando técnicas avançadas de nutrição animal e sanidade do rebanho, atingindo bons níveis de produção de carne e de leite.

O grupo, formado por 31 pessoas entre produtores, lideranças sindicais e técnicos, visitou propriedades de gado de leite, confinamento de gado de corte, estações experimentais do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), a exposição agropecuária de Palermo, o mercado de gado Liniers e a Universidade de Buenos Aires. Além disso, os produtores se reuniram com representantes do Instituto de Promoção de Carne de Gado da Argentina e da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICRA).

«Os argentinos estão muito avançados na alimentação de bovinos em confinamento e semi-confinamento. O próprio clima faz com que eles desenvolvam um processo que nós não estamos aplicando em nossa região para o semi-confinamento», compara o presidente do Sindicato Rural de Aripuanã, Aparecido Walsovir Piola.

Segundo o vice-presidente do Sistema FAMATO/SENAR, Normando Corral, a Missão Técnica cumpriu com os objetivos da entidade de fazer com que as lideranças sindicais conhecessem a produção agropecuária de outro país e buscassem novos conhecimentos e experiências. «Foi muito boa essa viagem, principalmente, por que acaba acontecendo uma união e uma troca de experiências entre aqueles que participam. Há uma proximidade maior e um intercâmbio muito grande entre nós do Sistema FAMATO/SENAR».

Os produtores argentinos possuem alguns problemas semelhantes aos do Brasil, entre eles estão os altos custos de produção e de impostos, dificuldades na sucessão familiar e de mão de obra qualificada.

Se não fosse a atual política do governo, que restringe as exportações do excedente de produção, «los hermanos» estariam em condições econômicas muito melhores.

De acordo com o diretor geral da Safras e Mercado, Raúl Fernandes Burgos, que acompanhou o grupo de Mato Grosso, os produtores argentinos estão descapitalizado e sem acesso a financiamentos públicos e privados. «Inflação alta, câmbio desfavorável e mercados fechados por conta das relações exteriores do país têm criado uma conjuntura adversa para o mercado agrícola e pecuário argentino», afirma o especialista.

O imposto «retenciones» faz com que boa parte de todo o excedente da produção agropecuária fique no país, o que impacta na redução dos preços dos produtos e, consequentemente, na baixa lucratividade dos produtores. No caso da carne bovina, apenas 7% do que é produzido vai para o mercado externo. No passado, esse volume correspondia a aproximadamente 15%.

O rebanho bovino da Argentina reduziu nos últimos 10 anos de 61 milhões para 51 milhões de cabeças. Somente o estado de Mato Grosso possui 28 milhões de cabeças.

O consumo de carne dos argentinos também vem diminuindo, dando espaço para as carnes de frango e suína. O preço médio de um quilo de carne bovina equivale a três quilos de frango. «Tanto o consumo de carne de frango quanto de carne suína tem dobrado nos últimos nove anos e isso é reflexo da crise financeira do país», acrescenta Burgos.

Na pecuária de leite, os produtores não escapam da atual conjuntura econômica. O setor atravessa uma das piores crises, com fechamento de aproximadamente 8 mil tambos (propriedades leiteiras) nos últimos anos, especialmente os de pequeno e médio porte.

Vale ressaltar que pelas tecnologias aplicadas na produção de leite, o volume produzido por propriedade é bem maior do que no Brasil. As propriedades pequenas da Argentina produzem até 2.900 litros de leite por dia, diferentemente de Mato Grosso em que 95% das fazendas de leite produzem menos de 100 litros por dia.

Fonte: Cenário MT
http://www.topnews.com.br/noticias_ver.php?id=41006

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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