Depois da carne, argentinos restringem exportação de #leite em pó

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

 

Após confirmar suspensão de 15 dias nas exportações de carne bovina, o governo argentino decidiu restringir também a saída de leite em pó. De acordo com a Secretaria de Comércio Interior do país, a decisão visa garantir o abastecimento doméstico e causar menor impacto na inflação. Estimativas oficiais apontam que os valores de ambos os produtos registraram alta de 50% desde o ano passado.

Entre janeiro e julho de 2014, o Brasil comprou US$ 57,3 milhões de leite em pó argentino, além de US$ 20 milhões de soro de leite, subproduto utilizado na fabricação de alimentos. A medida, no entanto, não prejudica o mercado nacional, segundo entidades do setor. Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS, a medida pode, inclusive, ser benéfica ao produtor brasileiro. “O problema é maior quando existe muita importação da Argentina a preço baixo, o que desestimula a nossa produção local”, explica. Enquanto na Argentina o setor teve queda de 3,2% nos últimos 12 meses, no Brasil o aumento foi de 8,9%, no mesmo período, atingindo os 32,3 bilhões de litros.

O protocolo argentino exige que se formalize um pedido de permissão para exportações, o chamado ROE. De acordo com o jornal Clarín, o governo não vai liberar permissões para valores abaixo de US$ 4 mil por tonelada de leite em pó, o que equivale quase ao total das exportações atuais. Ernesto Krug, presidente da Associação Gaúcha de Laticínios (AGL), vê o país vizinho como o maior prejudicado pela decisão. “A medida freia ainda mais o produtor argentino, que já sofre com a baixa produção atual”, aponta Krug.

Outra alternativa para o Brasil seria suprir a demanda em outras vizinhanças. “Com o câmbio favorável, poderíamos comprar, por exemplo, do Uruguai, nosso principal parceiro, que não apresenta tantas restrições e cumpre os acordos do Mercosul”, sugere Krug. Já Palharini indica um crescimento na oferta de leite cru no mundo todo, o que nivela os preços e possibilita que o Brasil busque outros parceiros, como Nova Zelândia, Estados Unidos e países da União Europeia.

Na semana passada, o governo argentino já havia anunciado decisão semelhante em relação à carne bovina ao comunicar líderes ruralistas sobre a interrupção de 15 dias da exportação do produto. Desde 2006, existem restrições a exportações na Argentina. Além de carne bovina e leite em pó, também há limites às exportações de outras carnes, trigo e milho. Como consequência, o país vem perdendo mercado mundial para seus vizinhos Uruguai, Paraguai e Brasil. Um estudo da Universidade Católica de Buenos Aires aponta que em 10 anos a Argentina deixou de ganhar US$ 10 bilhões só com carne bovina. Outro produto que deixou de ser exportado pelo país é o trigo.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=171176

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas