O presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas Lácteas (APYMEL) da Argentina, Javier Baudino, falou sobre o conflito comercial com o Brasil e a saída das pequenas e médias empresas em busca de novos mercados para colocar seus produtos. «Antes, o mercado interno absorvia tudo».
Baudino explicou que se o Brasil colocar cotas para a entrada de queijos, as pequenas e médias empresas de lácteos, que são as principais produtoras, seriam muito afetadas. «Nossas empresas tíªm feito investimentos em plantas de leite em pó e hoje não podemos ter acesso a um dos melhores mercados e tão próximo como esse».
Baudino disse que é necessário que haja uma mudança de mentalidade nos empresários das pequenas e médias empresas. «Antes, o mercado interno absorvia tudo, mas hoje, a situação é diferente». Ele disse que a APYMEL está trabalhando para fomentar que as pequenas e médias empresas de lácteos comecem a ser exportadoras. Nesse sentido, e junto com a Subsecretaria de Lácteos, está formando equipes que se encarregarão de buscar novos mercados. «Para que a Argentina cresça, não há outra maneira a não ser pensar no comércio exterior». Ele disse que nessa semana viajarão por sete dias a várias cidades estratégicas, como Florianópolis e São Paulo, entre outras, com a ideia de trazer negócios concretos.
Frente a um cenário negro, a última recuperação no Global Dairy Trade nos preços internacionais dos lácteos devolveu um pouco de otimismo ao setor. «O preço ao produtor será definido pelo mercado externo. Na semana passada, o setor leiteiro podia chegar a ser catastrófico, mas hoje, estamos um pouco mais otimistas, porque geralmente depois do primeiro aumento vem outro e, com um dólar de 7,8% mais alto, diria que os preços não vai subir, mas pelo menos não vão cair».
Infortambo