#Produtores rurais jogam leite no chão devido a pontes quebradas em MT

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 
Estruturas das pontes de madeira está destruí­da em distrito de Juscimeira.
Secretário diz que municí­pio não tem recursos para reconstruir pontes.

Produtores rurais de um distrito de Mato Grosso estão jogando leite fora por terem dificuldade em escoar a produção até os laticí­nios. O isolamento provocado pela falta de estrutura das pontes de madeira também dificulta o transporte de gado para o abate e até mesmo quem quer vender as propriedades localizadas na região para investir em outros segmentos econí´micos.
O problema crí´nico é registrado em Fátima de São Lourenço, distrito localizado no municí­pio de Juscimeira, a 164 quilí´metros de Cuiabá. No local, a maior parte das pontes erguidas nas estradas rurais está quebrada. Levantamento da secretaria de Desenvolvimento Econí´mico do municí­pio aponta que 13 das 54 pontes da região estão destruí­das.
A produtora Adelaide Gonçalves investiu mais de 80 mil em uma ordenhadeira mecí¢nica que mantinha na fazenda de 300 hectares para captar a produção de leite de 60 vacas leiteiras. Há mais de seis meses, ela desativou os equipamentos e vendeu parte do rebanho. í‰ que as quatro pontes de madeira que dão acesso í  propriedade dela estão caindo, o que tem dificultado o transporte da produção. “Estou parando porque o prejuí­zo foi muito grande. Eu tirava 1,2 mil litros de leite e hoje estou com 50 a 100 litros porque não tem condições de tirar mais”, afirmou.

Quase 80% do leite produzido na propriedade tem sido descartado virando alimento para outros animais como galinhas e porcos. A outra parte da produção fica armazenada em um tanque de resfriamento até conseguir deixar a propriedade com muita dificuldade para ser ser entregue na cidade.
Para conseguir transportar o pouco leite que produz, a fazendeira tenta sozinha arrumar a ponte. “[A ponte] é amarrada de arame, ponho tábua e arrumo tudo”, disse.
O pecuarista Gilmar Lima é outra ví­tima da falta de estrutura. Ele cria gado de corte e está com 650 animais prontos para o abate. Para transportar o gado, na maioria das vezes, ele usa um desvio que aumenta em 70 quilí´metros o trajeto para conseguir levar o gado até o frigorí­fico mais próximo. Tudo por conta da existíªncia das pontes em péssimo estado de conservação.
“Aumenta muito o gasto porque aumenta a quilometragem. Se vocíª tem uma distí¢ncia menor, o frigorí­fico paga mais. Quanto mais longe é a distí¢ncia, mais barato o gado fica”, pontuou.
A estrada usada como desvio também já apresenta problemas. Uma ponte está quebrada e o motorista tem que atravessar um córrego para seguir viagem. Um casal de fazendeiros tenta há mais de um ano vender parte de uma fazenda para investir em uma criação de peixes. Mas a falta de estrutura das pontes atrapalha o fechamento do negócio. “A pessoa quando chega ali na ponta já barra em um problema. Vocíª deixa de vender e de adquirir”, afirmou Natal de Souza Paulo.
“Faz mais de um ano que essas pontes estão desse jeito. Ninguém aqui quer trabalhar de caminhão por causa dessas pontes”, complementou Izaura Clarindo da Silva.
Outro lado
O secretário de Desenvolvimento Econí´mico de Juscimeira, Cássio Crepaldi, reconheceu o problema. Ele afirmou í  reportagem que o municí­pio, no momento, não tem condições financeiras de fazer a manutenção de todas as pontes.
Segundo ele, para consertar as 13 pontes que estão destruí­das, o municí­pio terá que desembolsar ao menos R$ 50 mil. â€œí‰ também do municí­pio esta responsabilidade da gente estar viabilizando recursos para que essas pontes possam ser reformadas. Nos próximos 60 dias a gente já estaria iniciando algum trabalho naquela região de Fátima de São Lourenço”, prometeu.
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2013/06/produtores-rurais-jogam-leite-no-chao-devido-pontes-quebradas-em-mt.html

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas