Paulo Sérgio Soares, presidente da Aproleite, tem boas expectativas para os próximos meses e afirma que a região de Passos conta com um diferencial importante que deve beneficiar os produtores, colocando-os em melhor posição do que os produtores nas demais localidades do país.
Segundo Paulo, o gado predominante na região é da raça girolando e holandes e esse tipo de animal se beneficia do clima mais frio e seco. “Enquanto o restante dos produtores de leite no Brasil sofrem uma queda na produção devido ao período de entressafra, para nós aqui acontece o inverso, é como se fosse período de safra, o nosso gado se beneficia do clima mais seco e frio porque chove menos, temos menos barro, os animais ficam menos estressados. Todo esse cenário acaba aumentando a produção de leiteâ€, explicou.
A Aproleite integra 70 produtores de leite de sete cidades da região: Passos, São João Batista do Glória, Piumhi, São José da Barra, Alpinópolis, Cássia e Delfinópolis. De acordo com Paulo, a média de captação é de 140 mil litros/dia e a expectativa para os próximos meses é de aumento de cerca de 20%, chegando até 170 mil litros dia.
Ele revela que o produtor certamente será beneficiado pelo cenário – falta de leite no país – recebendo valores mais agregados pela venda do produto. Segundo Paulo, o preço do litro de leite pago hoje ao produtor é de R$ 1,05, podendo chegar até R$ 1,10 conforme movimentação do mercado.
Paulo cita ainda que o aumento da produção está também relacionado a um outro fator, que é a baixa no preço dos insumos. “Em relação ao ano passado, tivemos uma baixa no preço dos insumos que foi notada a partir de fevereiro. A soja, por exemplo, que era vendida a R$ 1.400 hoje custa R$ 800. Já a saca do milho que antes custava R$ 30 hoje é vendida por R$ 22. Com essa baixa, consequentemente o produtor investe mais e acaba produzindo maisâ€, revelou.
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